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A solução para rugas, manchas e cicatrizes

O peeling químico, também chamado de quimiocirurgia ou quimioesfoliação, é uma prática

 

 

O peeling químico, também chamado de quimiocirurgia ou quimioesfoliação, é uma prática cada vez mais freqüente em clínicas de estética. Apesar de haver diferentes intensidades de peeling, dividindo-se em superficiais, médios ou profundos, a ação é sempre a mesma. O processo químico do peeling constitui-se no rompimento da camada mais externa da pele (a chamada camada córnea), através de agentes químicos, em geral ácidos combinados, o que provoca uma esfoliação, havendo uma remoção dessa camada mais externa. Depois esses agentes químicos passam a agir onde há a lesão, causando uma necrosia na parte da pele que apresenta rugas, manchas, estrias ou cicatrizes. E após essa necrosia ocorrerá, então, um processo inflamatório que irá induzir a produção de colágeno novo, substância fundamental na derme. Além disso, ele estimula também a angiogênese, que é a proliferação de novos vasos sangüíneos, oxigenando melhor aquele tecido. Segundo a médica dermatologista e atual doutoranda em dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, dra. Vanessa Zagne Bauk, o procedimento para a realização do peeling é muito simples. — Primeiramente é necessário que o paciente esteja fazendo o uso de medicações tópicas cerca de um mês antes de realizar o peeling. Depois, já no consultório, após lavar bem o rosto do paciente de maneira que não reste nenhum resíduo, o peeling é realizado. Primeiramente, o de cristal é feito, depois o peeling químico, aplicando os ácidos. — esclarece a doutora.

 

O peeling de cristal, que já foi chamado nos EUA de o “peeling da hora do almoço”, é um peeling físico que, segundo Vanessa, não é nada agressivo; a partir do momento que causa apenas um pouco de vermelhidão e uma descamação muito leve. Ele é realizado através do auxílio de um aparelho, que possui um sistema a vácuo, e pulveriza micro-cristais de óxido de alumínio, fazendo uma espécie de “lixamento” da pele. — O problema do peeling de cristal é que o ganho para o paciente é muito pequeno. O ganho direto é que a pele fica macia, mais lisa, e aumenta-se a penetração das medicações tópicas que o paciente usa em casa. Mas é bom que ele seja utilizado, na realidade, como um peeling adicional, antes de se realizar as sessões de peeling químico; já que o peeling de cristal aumenta a penetração do peeling químico, proporcionado uma resposta melhor para aquele paciente. — explica Vanessa. A profundidade e o tipo de combinação certa de peeling, apenas poderão ser indicados a partir de uma avaliação médica da pele do paciente. Eles serão escolhidos, então, de acordo com o tipo de pele do paciente, o problema que possui, e a tolerância de cada um. Por exemplo, se o paciente tem manchas, o médico vai escolher o peeling específico para manchas. Se a preocupação maior é com o rejuvenescimento e a textura da pele, será indicado um peeling próprio para rugas. Sendo que as concentrações dos ácidos variam também de acordo com a profundidade que se quer atingir. — Há o peeling muito superficial, que atinge somente a camada córnea, camada mais externa da epiderme. O peeling superficial, que engloba toda a epiderme indo até sua última camada, que é a camada de células basais. O peeling médio, que abrange toda a epiderme atingindo a derme papilar, que é a camada mais superficial da derme.

E os profundos, que chegam à derme reticular, a parte mais profunda da derme. — esclarece a médica. Após a realização do peeling, o paciente terá uma descamação e, dependendo da intensidade do peeling, pode apresentar áreas realmente lesadas, ficando desnudas e muito sensíveis. Se for um peeling superficial, o paciente terá uma descamação e vermelhidão leves. Mas se for um peeling mais profundo, os médicos orientam alguns dias de repouso, uma vez que a lesão na pele será maior. Os principais cuidados que o paciente deve ter nos primeiros dias após a realização devem ser: evitar ao máximo o sol, sempre que sair na rua usar filtro solar, e passar emolientes, que são substâncias que hidratam a pele que está descamando. Além disso, em caso de ardência, deve colocar gelo no local. — Na realidade, o filtro solar deve ser orientado ao paciente desde a primeira consulta. Uma vez que é muito importante para proteger a pele da radiação ultravioleta, câncer de pele, manchas e foto-envelhecimento. — sublinha Vanessa. Além disso, no período de recuperação dos peelings mais profundos é importante que o paciente não faça muita mímica com o rosto, ou seja, não use muitas expressões faciais. Porque vai haver a formação de crostas, a fim de proteger a pele nova que está nascendo embaixo, e essas crostas não devem ser destacadas precocemente. — Alguns peelings descamam logo no segundo dia, outros só começam a descamar de 3 a 5 dias. Sendo que o tempo de recuperação do peeling superficial é de no máximo uma semana, já no peeling médio e profundo, o tempo médio é de 15 dias. — explica a doutora. É importante ter em vista, também, que nem sempre uma sessão pode resolver o problema.

“No caso do peeling superficial, o ideal é o paciente fazer de 5 a 10 sessões, para obter um resultado satisfatório, e então repetir a série uma vez por ano, sendo que cada sessão é feita de 15 em 15 dias. No caso do médio, que tem um efeito mais prolongado, o bom é que seja feita uma única sessão de 6 em 6 meses. Já o peeling profundo, por ser muito mais complexo, rejuvenesce mesmo, então às vezes o paciente nem precisa de outra sessão”, diz Vanessa. Para que o resultado do peeling se mantenha por mais tempo, o paciente não deve em hipótese alguma sair de casa sem filtro solar, ou ter uma exposição exagerada ao sol. Além da necessidade de dar continuidade ao tratamento da pele, através do uso de medicações tópicas em casa, que podem ser compostas de ácido retinóico, glicólico, vitamina C, entre outros. Sendo que “esse uso contínuo é necessário para continuar estimulando a produção de colágeno, e impedir a pigmentação”, conclui a médica. Flávia Fontinhas Fonte: /www.olharvital.ufrj.br

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