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Anorexia e Bulimia

Transtorno alimentar: doença acomete cada vez mais adolescentes

 

Transtorno alimentar: doença acomete cada vez mais adolescentes Saúde, beleza e aceitação. Três pontos que, se não estivessem em conflito, seriam o suficiente para encarar cada dia como um desafio instigante e necessário. Mas diante de novelas que impõem a “magreza” como padrão de estética ideal, cada vez mais adolescentes deparam-se com um problema assustador: o transtorno alimentar. Os Transtornos Alimentares são definidos como desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade.

 

Os principais tipos de Transtornos Alimentares são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa. Essas duas patologias estão intimamente relacionadas por apresentarem alguns sintomas em comum, como preocupação excessiva com o peso e uma representação alterada da forma corporal (a pessoa se sente gorda). A anorexia é uma doença de fundo psicológico no qual a pessoa sente fome, mas se recusa a ingerir alimento. Em geral, acomete adolescentes do sexo feminino. A doença ocorre principalmente no início da adolescência, dos 12 aos 19 anos, mas pode se manifestar em qualquer outra idade. A bulimia, também conhecida como “Fome de Boi”, é a compulsão que a pessoa tem de se alimentar seguida de vômito, como forma de evitar que a quantidade ingerida vire gordura e a faça engordar.

De acordo com Rodrigo Abdo, especializado em psiquiatria da infância e adolescência, essa fome é conseqüência de um estado de infelicidade muito acentuado. Uma vez saciada a fome, a pessoa sente necessidade de eliminar o excesso, seja forçando o vômito ou tomando doses excessivas de laxante. Entre as conseqüências destacam-se: problemas psicológicos; desidratação; pele seca e amarelada; perda dos dentes e do cabelo; arritmia cardíaca; problemas gastro-intestinais; ausência de menstruação; infertilidade temporária por causa da diminuição dos hormônios femininos; pressão arterial baixa; hipotermia (baixa temperatura corporal); osteoporose, entre outros.

Identificando o problema Adolescentes com anorexia e bulimia geralmente não têm consciência da doença. Por esse motivo cabe aos familiares identificar os sintomas e oferecer ajuda. Vários são os sinais que identificam o distúrbio: – Apesar de perder peso excessivamente, a pessoa pensa estar gorda e jamais assume a doença; – Freqüentemente faz dietas alimentares; preocupa-se demais com a comida ingerida e o controle do peso; – O comportamento é introvertido; há contínuo isolamento social com tendências à depressão; – Ocorre exagero nas atividades físicas; grande cobrança em relação aos cuidados com o corpo. Fontes: www.santalucia.com.br http://www.psiqweb.med.br Tratamento A nutricionista do Hospital Regional Rosa Pedrossin, Agenar Arantes, explica que o tratamento é de longa duração e deve ser realizado por uma Equipe Multidisciplinar, que exige acompanhamento psiquiátrico, psicológico e nutricional. Em Campo Grande, segundo o psiquiatra Rodrigo Abdo, ao contrário do TOI (Terapia de Obesidade Infantil), não existe um programa específico para atender pessoas com transtornos alimentares, mas a Santa Casa possui todos os profissionais necessários para oferecer atendimento.

A instituição é a maior referência no assunto em Mato Grosso do Sul, atraindo pacientes de todo o Estado e até mesmo de países vizinhos, como Paraguai e Bolívia. Segundo Rodrigo, a dificuldade em se levantar o número exato de casos de transtornos alimentares em Mato Grosso do Sul está na falta de um método próprio de notificação. No ano passado, em seu consultório, Rodrigo diagnosticou apenas um caso, experiência que ainda não se repetiu em 2006. Também existe a resistência da família em procurar ajuda especializada devido o preconceito existente na sociedade. Entre outros motivos, Rodrigo explica que ainda falta informação, e que muitos casos de depressão confundem-se com sintomas da bulimia e da anorexia, como a perda de peso, por exemplo. No Hospital Universitário da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), os acadêmicos de psicologia, devidamente orientados por professores, atendem pacientes com bulimia e anorexia. Segundo a supervisora de estágio do Serviço de Atendimento Psicossocial da UFMS, Joselane Campagna da Silva, a clínica, que fica localizada no ambulatório do HU, funciona das 17 às 20 horas. Sugestão de abordagem Pode-se verificar com hebiatras (médicos especialistas em Adolescência) até que ponto modismos e padrões de beleza podem contribuir para a ocorrência dos transtornos alimetares. Fontes: Rodrigo Abdo – Psiquiatra da Infância e Adolescência www.santalucia.com.br http://www.psiqweb.med.br

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