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Cisto ovariano e ovário policístico

O primeiro refere-se a pequena coleção de líquido que aparece

 

 

O primeiro refere-se a pequena coleção de líquido que aparece em um ou em ambos os ovários. Pode causar discreta dor em um lado na região baixa do abdômen, sem relação com a menstruação. Não causa obesidade, alterações hormonais, nem alterações menstruais. Muitas vezes, os cistos ovarianos são assintomáticos e são descobertos por acaso durante a realização de ultra-som ou mesmo durante uma cesárea. Os cistos menores que 6 cm de diâmetro podem ser tratados clinicamente – existe possibilidade de regressão de tais cistos apenas com o uso de anovulatórios orais.

 

Aqueles, por outro lado, acima deste tamanho devem ser retirados cirurgicamente, por laparotomia (isto é, opera-se o abdômen, de maneira semelhante ao que se faz na cesárea) – de preferência – ou por laparoscopia (introdução de cânula de endoscopia no abdômen) – desde que o cisto não seja muito grande nem a paciente obesa. Quando ocorrem distúrbios no ciclo menstrual, obesidade, muitas vezes acompanhados de acne (“espinhas”) e hirsutismo (aumento da quantidade de pelos ou mudança na sua distribuição), podemos estar diante de outra doença, a Síndrome dos Ovários Policísticos (S.O.P.) – também conhecida como Síndrome de Stein-Leventhal – causa importante de esterilidade conjugal. Ao contrário do anterior, a SOP é acompanhada de intensas e complexas anormalidades hormonais que são, ao mesmo tempo, causa e conseqüência desta doença.

Na prática, é multiforme, isto é, assume várias formas, desde a mais leve, com poucos sintomas, até a mais acentuada, com todas as alterações citadas. Há também diversas graduações dos quadros intermediários. Para o diagnóstico várias dosagens hormonais são necessárias, além do ultra-som. É importante também fazer o diagnóstico diferencial, isto é, procurar outras doenças que, embora menos freqüentes, podem dar origem aos mesmos sintomas. O tratamento da SOP é feito com ênfase em um de três objetivos, dependendo de qual seja o predominante em cada paciente: 1º regularização do ciclo menstrual; 2º tratamento da esterilidade; 3º melhora do hirsutismo. A obesidade vai diminuindo automaticamente à medida que o tratamento prossegue. Utiliza-se o tratamento clínico, mas os medicamentos dependerão do objetivo estabelecido e dos resultados dos exames. É altamente aconselhável a consulta a um ginecologista com especialização na área de Ginecologia Endócrina; este encontra-se mais afeito aos meandros e dificuldades próprios ao manejo desta doença. Dr. Irineu Wajntraub Ginecologista e Obstetra

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