fbpx

Conheça o funcionamento do organismo e tenha sucesso na perda de peso

Esse processo de reeducação alimentar não é fácil de ser absorvido de uma hora para a outra. E a pirâmide alimentar é o guia que serve como referência .

“Só emagrece quem come direito. É preciso ter em mente que é necessário mudar os hábitos alimentares e que tal comportamento deve ser seguido para toda a vida”, alerta a endocrinologista Maria Fernanda Barca, do Hospital das Clínicas. Esse processo de reeducação alimentar não é fácil de ser absorvido de uma hora para a outra. E a pirâmide alimentar é o guia que serve como referência internacional para uma alimentação diária saudável e suficiente para as necessidades do organismo. “Respeitamos os princípios de uma alimentação equilibrada, orientando dietas com 50% a 60% de carboidratos, 20% a 30% de lipídios e 10% a 15% de proteína do valor calórico total da dieta”, diz a nutricionista Sônia Tucunduva Philippi, pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da USP, que adaptou a tradicional pirâmide do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos aos hábitos brasileiros. Alimentos sacietórios São os que ajudam a pessoa a se sentir saciada e, consequentemente, a comer menos. As proteínas são consideradas sacietórias, pois o organismo demora mais para absorvê-las, fazendo com que o efeito sacietório dure mais. Já as gorduras e os carboidratos são absorvidos rapidamente, e a sensação de saciedade dura menos tempo. Outro detalhe: é preciso um determinado tempo (10 minutos, ao menos) para que a sensação de saciedade venha à tona. Esse processo ocorre por meio de informações enviadas por neurotransmissores ao cérebro. Ele é autônomo, não pode ser controlado, mas dá para driblá-lo. Como driblar: coma devagar. “Ao comer rápido demais, as pessoas não dão tempo para que a comida permaneça no tubo gástrico o tempo suficiente para estimular os neurotransmissores que regulam a fome”, afirma a nutricionista Marcia Daskal. E valorize o consumo de proteínas e seu potencial sacietório. Atividade física Quanto mais exercícios, maior a queima calórica. As pessoas costumam acreditar que, com a idade, o metabolismo fica mais lento. Não é verdade. o que ocorre é que, além das alterações hormonais (menopausa e andropausa), as pessoas tornam-se mais sedentárias, diz a endocrinologista Maria Fernanda Barca. Por isso a impressão de que a mesma dieta feita há tempos só para controle de peso não é mais eficaz. Como driblar: fazer da atividade física um hábito para a vida toda. Autoproteção As dietas restritivas são entendidas pelo organismo como uma ameaça ao seu funcionamento. Dessa forma, ele passa a agir como inimigo, ativando uma série de mecanismos de proteção para que as pessoas gastem menos energia. “Durante as dietas, é comum ocorrer uma hiperatividade da lipase, enzima que facilita a absorção de gordura pelo próprio organismo”, diz o endocrinologista Walmir Coutinho. Isso ocorre para garantir um razoável estoque de gordura para tempos de escassez, o que faz algumas pessoas emagrecerem com mais lentidão. Como driblar: várias refeições ao dia para manter o metabolismo estável. Dieta masculina O homem perde peso mais rapidamente que a mulher. Seguindo a mesma dieta, ela pode emagrecer 2kg em uma semana contra 4 perdidos por ele. Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, existe evidência de que o estrógeno – hormônio feminino – facilita o acúmulo de gordura. Outra explicação, segundo o médico Marcio Mancini: os homens têm mais massa muscular. “Quanto mais massa, maior a queima de energia”, diz Mancini. Como driblar: invista nos exercícios. Diet e light Diminuir açúcar não significa consumir os mesmos produtos na versão diet, e sim fazer a troca por produtos mais saudáveis, diz Marcia Daskal. Na verdade, produtos diet são específicos para quem segue alguma restrição dietética quanto a consumo de açúcar, sal, gorduras, lactose, aminoácidos ou proteína, e não necessariamente possuem menos calorias. O chocolate diet, por exemplo, pode não conter açúcar, mas ser tão calórico quanto um chocolate comum. Já os produtos light apresentam redução de 25% em um de seus componentes (geralmente gordura ou açúcar). Há redução calórica, mas é preciso saber em que ingrediente. Como driblar: opte por alimentos naturais e controle-se diante dos produtos light e diet. Estado de espírito Ansiedade, estresse, impaciência e baixa auto-estima costumam impedir o sucesso da dieta. Mas esses sentimentos são comuns em início e meio da dieta. É preciso saber também que comer por angústia não é pecado. “Embora seja difícil, dieta não pode ser vista como algo negativo e cheio de moralidade. A maioria das pessoas entra na dieta já pensando em terminá-la”, diz a psicóloga Mara Cristina Souza de Lúcia, do Instituto Central do HC. Como driblar: para imprimir uma imagem menos negativa da dieta, evite começá-la numa segunda-feira. Quase todo mundo desgosta desse dia da semana. Corte aos poucos as calorias para reorganizar sua educação alimentar – dietas restritivas ao extremo também costumam fracassar. Por fim, pense bem antes de mudar os hábitos para não embarcar numa dieta de forma automática. Estresse Estresse também engorda. Não apenas aumenta a ansiedade e, em alguns casos, leva a pessoa a comer mais do que o necessário, como amplia a produção do hormônio cortisol, o qual promove um aumento na retenção de líquido e de acúmulo de gordura na região do abdômen. Além disso, o cortiso pode afetar o paladar da pessoa e provocar perda de sensibilidade. Fica-se, então, menos exigente e come-se até não poder mais sem diferenciar doce ou salgado, por exemplo. Como driblar: procure o método de relaxamento mais eficaz para você, seja massagem, leitura, passeios ou música, por exemplo. Exercício físico também colabora para reduzir o estresse, pois provoca a liberação de endorfinas, as quais servem de calmante e proporcionam bem-estar. O mesmo vale para as relações sexuais Genética A transmissão de pai para filho de genes que aumentam a tendência à obesidade já tem comprovação científica. Filhos de pai e mãe acima do peso tem 80% mais chances de serem obesos. Quando apenas um dos pais é obeso, as chances reduzem-se pela metade. De acordo com algumas pesquisas, essa predisposição implicaria uma alteração no receptor de leptina, proteína que, produzida pelo tecido adiposo e distribuída pelo sangue a diversos órgãos do corpo, indica – o mais importante, a sensação de saciedade. Algumas características ajudam a identificar um obeso genético, além da referência dos parentes acima do peso. “Essa pessoa geralmente conta que, quando tentou emagrecer antes, encontrou muita dificuldade. A perda de peso era obtida com muito sacrifício, e, por qualquer descuido, rapidamente o peso era recuparedo”, diz o endocrinologista Walmir Coutinho. Além disso, a obesidade precoce também pode servir de indício de que quilos a mais são uma espécie de herança. Como driblar: faça uso da disciplina, e o quadro pode ser controlado. Mudanças de hábitos que envolvem reeducação alimentar, além da prescrição médica de drogas que interagem com a leptina e a prática de exercícios físicos, podem ser indicadas. Jejum É totalmente condenável. O correto é comer a cada três horas. É mais fácil para o organismo absorver moderadamente refeições pequenas, diz a nutricionista Mônica Beyruti. Além disso, seu apetite será menor, e o organismo estocará menos gordura. Como driblar: coma várias vezes ao dia e, claro, de forma moderada. Medicamentos Alguns podem engordar. Na lista, corticóides, antidepressivos, antialérgicos e anticoncepcionais. “Além de aumentar a fome, alguns medicamentos também tem ação na queima calórica”, afirma Maria Fernanda Barca. Como driblar: aconselhar-se com o médico que fez a prescrição. Metabolismo Um bombom pode engordar mais uma pessoa do que outra, e duas pessoas que praticam a mesma quantidade de exercício podem obter resultados diferentes. Isso porque cada organismo tem o seu processo metabólico, uma herança genética. Além disso, um desajuste no complexo mecanismo do metabolismo, como alterações hormonais, pode resultar em quilos a mais. Como driblar: além da prática de exercício para aumentar a quiema calórica, há medicamentos que agem na tireóide – glândula que desempenha importantes funções metabólicas – e que somente podem ser prescritos por médicos. Há ainda drogas que aumentam a termogênese (queima calórica), mas recebem críticas de alguns profissionais por causar sintomas como taquicardia. Na barriga A obesidade pode ter como causa a carência de alimentação da grávida no primeiro e segundo trimestres de gestação, afirma a endocrinologista Maria Fernanda Barca. Isso porque a desnutrição da mãe é capaz de interferir no desenvolvimento do hipotálamo – área do cérebro responsável pelo controle da fome e da sensação de saciedade – que está em formação. É como se o bebê nascesse com um mecanismo para se proteger, durante a vida, contra a carência de alimento. Como driblar: com bons hábitos alimentares. Por trás da obesidade Pergunte-se se a gordura está mesmo atrapalhando a sua vida. Não é difícil encontrar pessoas que usam a obesidade como desculpa para justificar um modo de vida. Nesse caso, a gordura funciona como uma camada protetora, que serve de justificativa para deixar de lado a vida sexual, a feminilidade ou a falta de iniciativa, por exemplo. Segundo o psiquiatra Arthur Kaufman, do projeto de Atendimento ao Obeso (Prato), do HC, as pessoas acham que os quilos a menos trarão a perfeição em todos os sentidos da vida. “Quando elas percebem que isso não acontece como num passe de mágica, a auto-estima volta a diminuir, e a comida volta a substituir as frustações.” Como driblar: confira se os seus problemas tem como causa o excesso de peso para que isso não interfira no sucesso da dieta.. Saciedade Uma falha no envio para o cérebro das informações relativas à saciedade explica alguns casos de obesidade. A pessoa demora para ficar satisfeita porque os estímulos caminhariam de forma mais lenta. Além desse funcionamento diferenciado, trabalha-se com a hipótese de que algumas pessoas tenham resistência a determinadas substâncias sacietórias liberadas no processo digestivo. Como driblar: com medicação Serotonina Como a maioria das dietas restringe a ingestão de carboidratos, os quais estimulam a produção do neurotransmissor serotonina, é normal que o organismo passe por algumas baixas desse neurotransmissor, que regula, entre outras funções, a sensação de fome. Nesse caso, o organismo age “inconscientemente” contra a dieta. A falta desse neurotransmissor explica os casos de compulsão alimentar. Como driblar: exercício físico, sexo, medicação que interage com a serotonina e ingestão equilibrada de carboidratos ditos complexos, que são absorvidos mais lentamente, como massas e tubérculos. Fonte: vitaminasecia

Comentários

Deixe um comentário