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Dor na virilha pode sinalizar “síndrome do impacto”

Síndrome do impacto: dor na virilha hoje pode significar uma prótese amanhã Cada vez mais cedo, crianças fazem cursos extracurriculares como futebol,

tae-kwon-do, capoeira, balé, tênis etc. Há dois anos, pesquisa divulgada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) revelou que 43% dos brasileiros entre 15 e 29 anos praticam alguma atividade esportiva. Essa crescente adesão aos esportes tem aumentado, em contrapartida, o número de pessoas diagnosticadas com a “Síndrome do Impacto”. “O jovem costuma ignorar alguns sinais que se manifestam logo depois da prática de exercícios, como a dor na virilha. Desconhecendo os riscos, não costuma buscar ajuda médica, preferindo apelar para a automedicação e aumentando as chances de sofrer uma intervenção cirúrgica futuramente”, diz Lafayette Lage, médico ortopedista especialista em Medicina Esportiva e Quadril. O especialista alerta que dores freqüentes exigem diagnóstico minucioso, já que a Síndrome do Impacto acomete pessoas com predisposição anatômica, ou seja, que já nasceram com alguma deformidade no quadril, ainda que durante muitos anos o problema passe despercebido.

“É muito comum os pais – e até mesmo alguns médicos – atribuírem a dor a uma distensão muscular, tratando paliativamente os sintomas enquanto o desgaste da articulação do quadril avança. Em outros casos, a deformidade pode ser adquirida durante a fase de crescimento, passando despercebida ou com sintomas leves”. Em pessoas predispostas à Síndrome do Impacto, cada corrida ou partida de futebol representa mais um trauma entre a cabeça do fêmur e o labrum acetabular (semelhante ao menisco do joelho), comprometendo toda articulação do quadril. Depois de um tempo, as dores começam a irradiar da virilha para toda bacia e, inclusive, parte interna das coxas. “O paciente chega a sentir dor mesmo quando está sentado, sendo um provável candidato a uma cirurgia para colocação de prótese caso não procure auxílio precocemente”, diz Lage.

Fonte: Dr. Lafayette Lage, médico ortopedista, especialista em Medicina Esportiva e Quadril (www.clinicalage.com.br)

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