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HPV – Diagnosticado a tempo, tem cura

A descoberta do vírus não é motivo para entrar

 

 

A descoberta do vírus não é motivo para entrar em pânico. Afinal, algumas providências podem impedir a evolução das lesões e sua transformação em câncer. O tratamento é remover as áreas afetadas pelas lesões para estimular a recomposição local com tecido saudável. Um dos principais métodos para fazer essa descamação da área danificada, de acordo com a dra. Beleza Terra, é a aplicação de substâncias como o ácido metacresolsulfônico, o tricloroacético e a podofilina sobre a região. Em geral, são necessárias quatro ou cinco aplicações com intervalos de uma semana para obter o resultado esperado. Já o fluorouracil, substância muito usada no passado, está sendo abandonada por afetar grandes extensões de pele. Paralelamente, o médico pode receitar pomadas para serem aplicadas em casa pela própria paciente. É bom ficar claro que não há um medicamento específico contra o HPV. Quem barra esse agressor é o sistema imunológico da paciente. Por isso, o sucesso do tratamento depende muito da resistência orgânica.

 

Mas também há casos em que o tratamento demora a surtir efeito, não porque a mulher esteja com baixa resistência imunológica, mas por estar sendo recontaminada pelo parceiro durante a relação sexual. O outro recurso para tirar as lesões é a cauterização. As células do local da ferida são destruídas por aparelhos que utilizam frio (criocoagulação), calor (diatermocoagulação) ou raios laser de alta freqüência. A vantagem da cauterização sobre outros métodos é que, em pequenas áreas, pode ser feita sem anestesia numa única sessão. Vale a pena acrescentar que não são todos os tipos de HPV que podem disparar as reações que levam ao câncer. Como existem mais de 70 tipos diferentes, os HPV mais perigosos foram classificados em três grupos distintos: baixo risco (6, 11, 42, 43, 44); médio risco (31, 33, 35, 51 e 52) e alto risco (16 e 18). Mas isso não quer dizer que todas as mulheres portadoras desses vírus, inclusive dos tipos que provocam maiores riscos, vão obrigatoriamente desenvolver um câncer. Mesmo nestes casos, as lesões que precedem o tumor podem ser tratadas antes da evolução maligna.

Quando o vírus não chega a provocar lesões, há controvérsias entre os médicos sobre as medidas a serem adotadas. Segundo o Dr. Wagner J. Gonçalves, boa parte se limita ao acompanhamento rigoroso da mulher, repetindo os exames a cada seis meses. Outros defendem a prescrição de drogas imunoterápicas, para estimular o sistema imunológico da paciente. E há os que propõem uma descamação suave da vagina para diminuir a quantidade de vírus. Seja como for, “a mulher com HPV precisa ser orientada para evitar a disseminação do vírus e, mesmo depois de concluído o tratamento, deve ter acompanhamento médico semestral com avaliação clínica, Papanicolaou e colposcopia por cerca de cinco anos, no mínimo”, esclarece o Dr. Gonçalves. É que, às vezes, o HPV fica em estado latente, esperando o momento certo, como uma queda de imunidade para atacar novamente. “Passado esse período, se o vírus não se manifestar, aí sim pode-se falar em cura”, garante o ginecologista. Fonte: www2.uol.com.br/simbolo/corpoacorpo

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