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Não vá dormir de barriga vazia

Dormir com fome pode ser tão desastroso para quem precisa perder medidas quanto atacar a geladeira no meio da noite.

 

 

Dormir com fome pode ser tão desastroso para quem precisa perder medidas quanto atacar a geladeira no meio da noite. Ao invés de ajudar o organismo a eliminar os quilos a mais, a estratégia pode até reverter o processo, dependendo da freqüência com que é utilizada. “Num regime não é interessante passar por longos períodos de jejum. Quem vai dormir de barriga vazia tende a sentir uma fome desproporcional no café da manhã e acaba comendo mais do que deveria”, resume a endocrinologista Albertina Gomes Rodrigues. É o mesmo raciocínio para quem tem o hábito de pular o desjejum. Sem alimentos, o organismo vai compensar a falta de nutrientes absorvendo ao máximo as calorias ingeridas na refeição seguinte e diminuindo a taxa de metabolismo basal, que determina a quantidade de energia gasta quando o corpo está em repouso. Esse processo, de muita fome e digestão diferenciada é chamado de “rebote”.

 

Muitas vezes, trata-se do grande vilão das dietas frustradas, por pressa ou falta de informação. Fazer dieta não é sinônimo de sacrifício “Em grande parte, as pessoas costumam ter controle sobre a fome em algum horário. Algumas agüentam ficar sem tomar café, outras, sem jantar”, explica Albertina. “É um sacrifício isolado, justificado pela necessidade ou vontade de emagrecer. O problema é que sempre vai haver o rebote na refeição seguinte, mesmo que seja possível lidar com a privação de alimentos em um determinado período do dia.” Pior: com o estômago roncando, por mais que se tenha aprendido a lidar com o incômodo, a qualidade do sono cai – e uma noite mal dormida afeta o metabolismo, prejudicando a produção de melatonina, o hormônio do bem-estar. E quem não realiza essa função de forma satisfatória enquanto dorme, acorda mais ansioso no dia seguinte e come mais do que o normal. Quem vai dormir de barriga vazia também precisa saber que as reservas energéticas do organismo não são eternas. “Estamos protegidos contra o jejum noturno por uma substância que vem do nosso fígado, chamada glicogênio.

O problema é que esse estoque não dura para sempre”, alerta a endocrinologista Ângela Maria Spínola e Castro. Jantar é permitido Ao contrário do que muita gente pensa, comer à noite não causa sobrepeso. Para completar, o tradicional jantar brasileiro é uma ótima opção de refeição noturna. Arroz, feijão, salada e uma pequena porção de carne são ricos em nutrientes e quase nada gordurosos. A receita só não é indicada para idosos e lactentes, que podem apresentar alguma dificuldade de digestão. “A verdadeira polêmica é: faz mal ir dormir logo após o jantar? Ganha peso? A resposta é não”, esclarece Albertina Rodrigues. “Em alguns casos, pode haver dificuldade na digestão. Quem tem problema de refluxo, por exemplo, deve evitar.” O ideal é se distrair um pouco antes de deitar – assistir TV, ler ou ouvir música são atividades relaxantes e que ajudam a passar o tempo. Também não é saudável ignorar a fome quando ela vem entre o jantar e a hora de dormir. Aí, a única regra é ingerir alimentos de fácil metabolismo, como leite, chá com bolachas, iogurtes e sopa de legumes, entre outros. “Só não são muito recomendáveis alimentos com alto teor de fibras, que dificultam um pouco a digestão”, alerta a endocrinologista. Publicado em 17/08/2007 Fonte: www.xenicare.com.br

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