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A reversão da laqueadura

A reversão da laqueadura tubária deve ser considerada como

 

A reversão da laqueadura, a salpingoplastia, é um procedimento mais complexo e poucos serviços do SUS o oferecem. Pode ser realizada por anastomose tubária microcirúrgica, via laparotomia ou via laparoscopia. “Quanto mais jovem a mulher esterilizada procurar pela reversão, maior é a probabilidade de ela vir a engravidar no futuro, e quanto menor o tempo de esterilidade, maior é a chance dela engravidar”, afirma Joji Ueno. O grau de reversibilidade varia de acordo com a lesão que a técnica cirúrgica causou. Laqueaduras feitas com anel plástico ou clipes de titânio são mais fáceis de reverter. Para as pacientes que foram submetidas à salpingectomia (retirada das trompas), a reversão é impossível. “Após a reversão tubária, em média, as mulheres demoram de 6 meses a um ano para conseguir engravidar, caso a recanalização seja bem sucedida”, informa Joji Ueno, coordenador da Pós-Graduação em Medicina Reprodutiva, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

 

Mas o sucesso da cirurgia, observa o médico, relaciona-se com vários outros fatores: · o comprimento e a vitalidade dos segmentos de trompas a serem unidos; · a habilidade do microcirurgião; · a idade da mulher no momento da cirurgia para reversão; · o método utilizado para laqueadura tubária; · quantidade de tecido de cicatrização na região da cirurgia; · qualidade do espermograma do parceiro e presença de outros fatores de infertilidade. Após uma reversão de laqueadura tubária, o risco de uma gestação ectópica – gestação que ocorre na própria trompa – aumenta de 1 em 100 para 5 em 100 gestações.

O que significa que a cada 100 gestações, cinco poderão ser ectópicas. “Quando as trompas reconstituídas não recuperam a função, a alternativa de tratamento seria a reprodução assistida por meio de técnicas de fertilização in vitro e transferência de embriões”, diz Joji Ueno. A reversão da laqueadura tubária deve ser considerada como uma opção adequada na busca de novas gestações para mulheres mais jovens (<35 anos), sem qualquer outro fator de infertilidade além da laqueadura. As pacientes com mau prognóstico ou com idade mais avançada devem ser encaminhadas aos programas de fertilização in vitro. “Tal posição é compartilhada em grandes centros de reprodução humana em países desenvolvidos, onde ambos os procedimentos são igualmente oferecidos”, afirma o especialista em Reprodução Humana. Fonte: universodamulher.com.br

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