Cuidadores de idosos
Quando nascemos nossos pais cuidam de tudo: da nossa alimentação, higiene
Quando nascemos nossos pais cuidam de tudo: da nossa alimentação, higiene e bem estar. E nos enchem de carinho. Quando somos adolescentes odiamos que se metam tanto nas nossas vidas, mas mesmo assim, no fundo, adoramos chegar em casa e o almoço estar fresquinho nos esperando ou quando voltamos daquela festinha e nossos pais estão acordados, preocupados com o nosso retorno seguro. Quando, finalmente, ficamos adultos, conquistamos nossa independência financeira e montamos nossa família, ainda assim, dependemos dos cuidados dos nossos pais, seja num telefonema saudoso para saber como estamos ou para ficarem com os netos para passearmos. Mas, com o passar do tempo, nossos queridos pais tão zelosos envelhecem e somos nós que passamos a cuidar deles. Essa inversão de papéis (de cuidados para cuidadores) pode trazer muita angústia e dúvidas. E isso é muito natural. Alguns pais apenas envelhecem, outros adoecem, mas todos precisam de cuidados. O papel do cuidador é fundamental para a pessoa com idade mais avançada ou com algum grau de dependência. Esse cuidador pode ser um filho, um amigo da família, um vizinho, um parente ou uma pessoa contratada para essa finalidade. Cuidar de um idoso não é só lhe fazer companhia; não é só lhe dar os remédios na hora prescrita; não é só lhe servir as refeições (e, em alguns casos, ajudá-los a comer) e não é só lhe medir a pressão arterial ou verificar a temperatura.
Cuidar de um idoso é também dar atenção as suas longas conversas, que podem ser cansativas; é também levá-lo, quando possível, a passeios ou a desenvolver atividades que lhe dão prazer; é também dar carinho, amor e se doar. Em alguns países, é recomendado que as férias dos cuidadores sejam diferenciadas, pois o seu papel pode ser muito estressante, demanda muita atenção, dedicação e responsabilidade. Por isso, quando se escolhe uma pessoa (ou quando somos escolhidos) para cuidar efetivamente de um idoso devemos ter em mente que é alguém tão ou mais especial que a pessoa a ser cuidada para que possa exercer a sua função com muito esmero.
Certifique-se que o cuidador realmente tem condições físicas e psíquicas para o bom desempenho da tarefa, se é alguém dotado de muita paciência, se está habilitado a reconhecer as principais alterações orgânicas em decorrência de doenças e se sabe ler (para não dar o remédio errado, por exemplo). Se for contratar alguém, além desses cuidados, peça referências de antigos lugares onde trabalhou, peça para trazer um comprovante de residência no nome da pessoa e seus documentos pessoais, se fez algum curso de auxiliar ou técnico de enfermagem peça também o certificado de conclusão do curso (entre em contato com o curso para confirmar, caso ache necessário). Se possível, peça para a pessoa trazer um atestado de antecedentes criminais (o próprio candidato pede esse documento na delegacia – quem contrata não pode pedí-lo). Dra. Gilse Siqueira Prates, é Médica (CRM 52.77294-1), formada pela Escola de Medicina Souza Marques, Pós-graduada Lato Sensu em Geriatria e Gerontologia na UERJ. Está se especializando em Neuropsiquiatria Geriátrica pelo IPUB/UFRJ como Lato Sensu. Fonte: www.bsbsaude.com.br
Comentários