Radicais livres: os vilões da celulite
Tudo, ou quase tudo, no organismo feminino favorece a celulite
Tudo, ou quase tudo, no organismo feminino favorece a celulite. São os hormônios, a predisposição genética, o fato de o corpo da mulher possuir mais gordura do que músculos, além de alimentação e sedentarismo. Como se não bastasse, até a ação dos radicais livres conspira para o seu aparecimento e torna o problema ainda mais renitente aos tratamentos estéticos. A boa notícia é que com uma ação conjunta consegue-se melhorar muito a maldita aparência de casca de laranja. Segundo a nutróloga Regina Mestre, esta é, por sinal, uma das principais causas da celulite. Isso porque, além das várias alterações que provocam no organismo, os radicais livres também causam atrofia das fibras colágenas. “A produção de substâncias tóxicas no organismo interfere em maior ou menor grau na celulite e na flacidez, em função da desestruturação dos tecidos”, diz. O que pode se explicado de forma simples. Todos os músculos do corpo estão envoltos em tecido conectivo e gordura. As células de gordura deste revestimento estão banhadas em meio líquido e são mantidas no lugar por uma rede de fibras de tecido conectivo.
“Sob a ação dos radicais livres, os fibroblastos — células de tecido conectivo que produzem colágeno — passam a produzir uma quantidade excessiva de mucina, substância amorfa, constituída de ácido hialurônico. Como é altamente hidrófilo, este ácido enche-se de líqüido com facilidade. O que faz surgir a celulite”, diz a médica. Com tantos fatores contrários, só mesmo atacando em muitas frentes. “Não se pode falar somente em tratamento estético”, diz a médica. É preciso evitar cigarro e álcool, e, tanto quanto possível, o estresse, o que vai ajudar a reduzir a produção de radicais livres. E bater na tecla sempre presente da reeducação alimentar. “Uma dieta adequada, com muitos vegetais e pouca gordura saturada, rica em fibras de farelo de trigo, aveia, sementes e frutas com casca, além de muito líqüido, faz aumentar a saciedade e acelera a velocidade do trânsito intestinal. Com isso reduz-se a pressão abdominal, melhora-se o retorno venoso e a drenagem linfática”, esclarece. “Também é preciso recuperar a permeabilidade intestinal, muitas vezes prejudicada por parasitoses, alergias alimentares e redução da flora intestinal. Só isso já permite que se drene de um a dois litros de líqüido em poucas semanas”, diz. Igualmente é preciso reforçar a atividades das células macrófagas. O que se pode conseguir com vitaminas C e E, zinco e fitoterápicos, como ginseng e equinácea.
Estimular a atuação destas células e também tornar o sistema de defesa mais competente e permitir que ele se encarregue da drenagem linfática natural”, explica. Aí então, é hora de dar início ao combate estético propriamente dito: massagens de drenagem linfática, que ativam a circulação sangüínea dos membros inferiores, exercícios físicos, para ajudar a reduzir os percentuais de gordura, e um trabalho estético completam o combate. “Bons resultados exigem um conjunto de medidas. Apenas uma forma isolada de tratamento não resolve”, garante a médica. Atacando-se em todas estas frentes, consegue-se melhoras sobretudo para as celulites de grau 3 e 4, as mais difíceis de tratar. “Celulite não tem cura, mas as melhoras que se pode conseguir são diretamente proporcionais ao esforço empenhado no tratamento”, reforça a médica. Nem por isso é preciso histeria. As mulheres devem se cuidar, sim, mas sabendo que pela enquete feita pelo PlanetaVida, os homens não dão tanta importância assim ao problema. Cerca de 12% disseram não se incomodar com a celulite; 75,7% que não é o ideal, mas há defeitos piores, enquanto que apenas 11,7% responderam que não querem nem ver uma mulher com aspecto de casca de laranja. Ou seja, para eles, celulite na companheira pode não ser o ideal, mas há defeitos bem piores… Fonte: salutia
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