Quais são os sintomas do climatério?
Os sintomas climatéricos são decorrentes da baixa produção
Os sintomas climatéricos são decorrentes da baixa produção de estrogênio pelos ovários. Dependendo da mulher, os sintomas podem variar de intensidade. Nem todas as mulheres apresentam as manifestações iniciais, como as ondas de calor, mas um grande número delas apresentará os problemas de longo prazo. Por este motivo é importante que a mulher consulte seu médico quando chegar a esta importante fase da sua vida. Os sintomas podem ser divididos em de curto, médio e longo prazo: Sintomas de Curto Prazo Irregularidade menstrual Insônia Fogachos (ondas de calor) Sono entrecortado Sudorese Nervosismo Formigamento Irritabilidade Fadiga Ansiedade Cansaço Tristeza Cefaléia (dor de cabeça) Choro Tontura Depressão Palpitação Esquecimento Dificuldade de concentração Libido (desejo sexual) diminuída Sintomas de Médio Prazo Vagina seca Pele seca e fina Dor na relação sexual Rugas Infecção urinária Dores articulares Incontinência (perda) de urina aos esforços Dores musculares Sintomas de Longo Prazo Osteoporose Cegueira Doença cardiovascular Doença de Alzheimer Perda dentária Sintomas de Curto Prazo As ondas de calor são os sintomas mais comuns e característicos do climatério, ocorrendo em 75% das mulheres.
Estas ondas de calor ocorrem em geral na parte superior do tórax, pescoço e face. Ocasionalmente, a mulher pode sentir estas ondas de calor por todo o corpo, sendo que intensidade pode variar de leve a intensa e pode durar de 30 segundos a vários minutos, de uma até dezenas de vezes por dia. Aproximadamente 25% das mulheres têm ondas de calor por mais de 5 anos. Podem ocorrer a qualquer hora do dia ou da noite, sendo acompanhadas por sudorese, às vezes intensa, calafrios, palpitações e mal estar. Algumas mulheres apresentam formigamento por todo o corpo, sendo mais freqüente nas mãos. Os problemas emocionais são os mais complexos, pois não são atribuídos exclusivamente à falta de estrogênio. Pode ocorrer uma interação dos problemas da esfera psíquica com os problemas sociais, familiares, profissionais e de saúde. Muitas vezes, nesta etapa de vida, o esposo tem vida mais atribulada, dedicando pouco tempo ao lar. Aliado a isto, os filhos estão saindo de casa para o trabalho, para estudar fora ou para o casamento e esta mulher sente a “Síndrome do Ninho Vazio”. Nas sociedades em que a mulher que passou pela menopausa é muito valorizada, os sintomas do climatério são menos freqüentes. Em nossa sociedade, há o culto da mulher bela, de corpo bonito, essa valorização da aparência desvaloriza esta mulher que tem muito a dar, pois a sua vivência e experiência não se compram, mas se adquirem com o tempo. Por isso é fundamental, que o esposo, os filhos e os que a cercam dêem a ela apoio e compreensão, para que deste modo os problemas tornem-se de resolução mais fácil. Apesar de toda a complexidade na esfera emocional, não se deve esquecer que a deficiência estrogênica pode causar alterações no humor, insônia, irritabilidade, nervosismo, ansiedade, depressão, esquecimento, dificuldade de concentração e menor desejo sexual.
A insônia pode resultar em alterações no humor e na capacidade de executar o trabalho no dia seguinte, já que a pessoa sente-se mais cansada e menos disposta a realização de tarefas, pois parece que não descansou. As ondas de calor podem piorar a insônia, uma vez que é a maior causa do despertar durante a noite. Sintomas de Médio Prazo Com a carência estrogênica, a vagina fica seca e fina, fazendo com que a mulher passe a sentir dor nas relações sexuais. Além disso, esta condição propicia um aumento no risco de infecções vaginais com ardor, prurido e corrimento. As infecções urinárias também são mais freqüentes na pós-menopausa, podendo ocorrer ainda perda involuntária de urina aos esforços de tossir, espirrar, mesmo sem ter a “bexiga caída”. É freqüente o aumento da vontade de urinar, seguido de dor e ardor, mesmo sem ter infecção urinária. O hipoestrogenismo traz como conseqüência uma pele mais fina, seca, que se rompe mais facilmente aos pequenos traumas. E a perda de colágeno, que faz parte da composição da pele, faz com que a mesma se enrugue com mais facilidade. Os pelos podem tornar-se mais escassos, finos e quebradiços, podendo surgir na face. As unhas podem ficar quebradiças. As articulações e os músculos podem tornar-se mais doloridos também em conseqüência do déficit hormonal. Sintomas de Longo Prazo A carência estrogênica pode afetar vários outros órgãos, causando doenças graves de longo prazo, tais como a osteoporose, doença cardiovascular, perda dentária, cegueira e doença de Alzheimer. Nos primeiros 5 anos da pós-menopausa a mulher pode perder até 5% de massa óssea por ano, perdendo, neste período até 25% de sua massa óssea. Isto causa um enfraquecimento do osso denominado de osteoporose. O processo de osteoporose torna o osso mais frágil, aumentando o risco de fratura com pequenos traumas. As fraturas mais comuns localizam-se nos ossos da coluna (vértebras), no punho e no quadril (colo do fêmur). As fraturas vertebrais causam redução de estatura, deformidade na coluna, tornando a mulher corcunda e com dor. As fraturas do punho não têm gravidade. Já as do colo do fêmur, devido ao processo de recuperação, são muito graves.
As mulheres que sofrem este tipo de fratura ficam acamadas durante meses e esse fato pode trazer complicações pulmonares e cardiovasculares que são responsáveis por 12 a 20% de mortalidade nos primeiros 6 meses após a fratura. As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte na pós-menopausa e são representadas principalmente pelo infarto agudo do miocárdio e pelo acidente vascular cerebral (derrame). Nessa fase da vida da mulher que ocorre também aumento da perda dentária, chegando em até 16 dentes perdidos aos 65 anos, sendo que aos 45 essa perda é de 3,5 dentes. Isso em parte é conseqüência da deficiência estrogênica, que pode causar perda óssea na mandíbula e no maxilar, causando diminuição no suporte aos dentes. Essa redução no número de dentes afeta a nutrição e a aparência pessoal, podendo afetar a auto-estima e a qualidade de vida. Na pós-menopausa, pode ocorrer nos olhos a degeneração macular da retina, relacionada com o aumento da idade que é principal causa de cegueira após os 60 anos em países desenvolvidos. A deficiência hormonal pode causar alterações no sistema nervoso central (cérebro), que podem resultar na doença de Alzheimer ou demência senil, que é 1,5 a 3 vezes mais comum nas mulheres do que nos homens, com aumento da incidência a partir dos 65 anos. As pessoas acometidas apresentam perda progressiva da realidade que as cerca e não reconhecem parentes, não lembram de nomes e tem dificuldade de ter contato com o meio. http://zambon.com.br
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