A pele, por idade
A grande alteração desse período é causada pelas transformações hormonais que provocam
Com o tempo, a pele muda. Aos poucos, ela deixa de ter a fragilidade e a maciez típica da “pele de bebê” ou mesmo a beleza e brilho da “pele jovem”, para se tornar mais seca, enrugada e “amadurecida”. Na primeira infância A pele de um bebê é naturalmente suave e brilhante, mas também pálida e vulnerável. Como o colágeno ainda não engrossou, nessa idade a pele é macia e sem rigidez; tampouco apresenta mancha ou pintas, porque as células pigmentadas produzem pouca melanina e a própria pele ainda foi pouco exposta aos raios ultravioleta. Com o passar dos primeiros anos, porém os vasos sangüíneos crescem para melhor nutrir a pele enquanto o colágeno começa a se condensar, dando-lhe um aspecto mais firme. Na adolescência A grande alteração desse período é causada pelas transformações hormonais que provocam uma verdadeira rebelião das glândulas sebáceas e nos folículos pilosos. Com o aumento da produção dos hormônios andrógenos (masculinos) nessa fase da vida, é comum que ocorram seborréias (oleosidade da pele e do couro cabeludo) e dilatação dos poros, fatores que levam ao surgimento e proliferação da acne. Aos 20 anos Essa é a idade em que a pele atinge sua maturidade plena. Firme, macia e sem manchas, as células cutâneas produzem grande quantidade das fibras colágenos e elastina, garantindo sustentação e firmeza da pele. As glândulas sebáceas e sudoríparas também funcionam bem nessa idade, produzindo sebo e suor, que hidratam e proporcionam textura mais macia. Passada a adolescência e o excessos hormonal instala-se aí o equilíbrio hormonal que torna a pele mais estável. Aos 30 anos Nessa idade, a pele mostra os primeiros sinais de envelhecimento, já que cerca de 10% do mecanismo de defesa da pele fica enfraquecido, deixando os radicais livres atuarem com maior intensidade.
A renovação celular se torna cerca de 20% mais lenta, deixando a pele menos viçosa. Resultado das agressões externas e internas, de maus hábitos e do acumulo de sol guardado na memória celular, é quando as pequenas rugas surgem na região dos olhos, formando os conhecidos pés-de-galinha. Alterações nas fibras de sustentação da pele (colágeno e elastina), que também começam a se degenerar, provocam flacidez e pequenas rugas ao redor da boca e testa, e sulcos entre o nariz e os lábios (“bigode-chinês”). Agora menos eficientes na produção de melanina, as células pigmentadas provocam mudanças na cor da pele e fazem surgir pintas e manchas. A mesma razão faz os cabelos ganharem mechas grisalhas e podem surgir algumas entradas, por causa do afinamento dos fios. Também as glândulas sebáceas alteram-se, produzindo menos sebo, o que termina por desidratar as células cutâneas. Aos 40 anos Momento em que o envelhecimento é mais evidente, já que as alterações iniciadas aos 30 anos se intensificam. A espessura da pele, por exemplo, já é 50% menos do que aos 20 anos: as alterações hormonais (mais intensas nas mulheres por causa da proximidade do climatério) deixam a pele ainda mais desidratada com menos viço e elasticidade, intensificando o ressecamento e a flacidez, aprofundando as rugas ao redor dos olhos e dos lábios, entre as sobrancelhas e a testa. Para esse efeito, concorrem também os movimentos musculares contínuos que formam as conhecidas “marcas de expressão”. O tônus muscular já dá sinais de cansaço, diminuindo em cerca de 30% a capacidade de rigidez, gerando flacidez facial, em especial nas extremidades inferiores das bochechas. A capacidade de retenção de água nas células também diminui, ressecando e desnutrindo o rosto. A pele necessita de maior hidratação também porque a atividade das glândulas sebáceas diminui. Há diminuição inclusive da lubrificação das mucosas dos órgãos sexuais. Olhos, boca.
Mais vulnerável aos efeitos do estresse, álcool e cansaço porque o sistema circulatório já não é mais tão eficiente, a recuperação da pele é mais lenta. Podem surgir ainda as chamadas melanoses solares (também conhecidas por melanoses senis), as manchas amarronzadas provocadas pela ação do sol. Tornam-se visíveis ainda às linhas do pescoço e as olheiras correm o risco de virar bolsas de gordura; os cabelos também estão bem mais finos. Dos 50 anos em diante. A partir dessa idade, o envelhecimento é cada vez mais evidente. Todas as transformações iniciadas aos 40 anos se tornam mais intensas e já é mais difícil ocultar naturalmente e flacidez da pele e a ação da gravidade, que nessa idade chegam associadas aos processos degenerativos do corpo: vincos e rugas de expressão ficam mais acentuados, as bochechas caem, os lábios se tornam mais finos por causa da perda de gordura e surgem “papadas” na região do pescoço. Com a menopausa, a pele das mulheres se torna ainda mais fina e ressecada, porque se acentua a diminuição da produção de fibras de colágeno e elastina, assim como a vascularização. A diminuição da gordura facial e a flacidez muscular dão aspecto murcho ao rosto. Fonte: A construção da Beleza Autor: Dr.Otávio R. Macedo
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