Anemia
de energia, tanto que precisamos dele para processos de combustão, produzindo calor pelo fogo, energia mecânica através de motores de carros, etc… Em nosso organismo não é diferente, sendo o oxigênio utilizado no metabolismo de milhares de células do organismo para gerar a energia necessária à vida. Temos outras fontes de energia, como os açúcares, os carboidratos e proteínas, mas o oxigênio continua sendo a principal fonte. O seu transporte aos vários órgãos e células do corpo humano é feito por uma estrutura denominada hemoglobina, que é por sua vez transportada por uma célula denominada hemácia, a famosa célula vermelha. Sua cor avermelhada se dá pela forte concentração de ferro na hemoglobina. É por isso que nosso sangue tem a coloração avermelhada, pois as hemácias correspondem a aproximadamente 40 a 50% do volume total do sangue. Quando temos uma diminuição nas concentrações de hemoglobina e/ou hemácias, desenvolvemos o chamado quadro anêmico.
Ou seja, no indivíduo anêmico a oferta de oxigênio aos tecidos e órgãos está diminuída. Com isso, falta energia para desenvolver as diversas funções do dia a dia, e a pessoa começa a sentir falta de ar ao subir escadas, cansaço fácil, dores musculares, palpitação aos esforços, sonolência, náuseas, dores musculares, perda da libido, entre outros. A intensidade dos sintomas será proporcional ao grau de anemia. Existem vários tipos de anemia, que muitas vezes variam de uma determinada região para outra. Elas podem ser causadas por perdas sanguíneas, como hemorragias, desnutrição, alterações genéticas do indivíduo, carências alimentares de ferro, vitaminas B12 e folatos e, em alguns casos, associadas a outras doenças como insuficiência renal, insuficiência hepática, Leucemias e outras. No Brasil, as causas mais comuns de anemia são a deficiência de Ferro, Vitamina B12 e Folatos. O ferro é um elemento fundamental na estrutura da hemoglobina, por sua capacidade de se ligar ao oxigênio. Sua deficiência se caracteriza por diminuição na produção e consequentemente nos níveis séricos de hemoglobina. Já a Vitamina B12 e Folatos são fundamentais na produção da hemácia, e sua deficiência se caracteriza por diminuição nos níveis séricos das hemácias. Ambas as deficiências podem causar anemias em variados graus. As alterações genéticas mais comuns são a Doença ou Anemia Falciforme e as Talassemias. A doença falciforme é mais comum entre os negros e seus descendentes e ocorre por uma troca de um simples aminoácido na cadeia protéica da hemoglobina.
O organismo passa, então, a produzir um tipo diferente de hemoglobina, a qual é instável em baixas concentrações de oxigênio. Ou seja, quando diminuem as concentrações de oxigênio na hemácia, a hemoglobina se precipita e fica com um formato de foice (daí a denominação falciforme). Esta hemácia em formato de foice é destruída pelo nosso organismo e ainda pode ocluir pequenos vasos sanguíneos. Já a Talassemia é mais comum entre descendentes de Italianos, Gregos, Libaneses e Turcos, e se caracteriza por uma deficiência parcial ou total na produção de algum tipo de hemoglobina. A gravidade do quadro anêmico varia de acordo com a carga genética do indivíduo. Bem, estas são as anemias mais comuns no Brasil, no entanto existem outros tipos. É importante, na ocorrência dos sintomas citados anteriormente, procurar seu médico, pois o diagnóstico da anemia só pode ser realizado com a análise de dados clínicos e laboratoriais do paciente. O exame laboratorial de escolha para o diagnóstico de anemia de um paciente é o Hemograma. Nele serão verificados as concentrações sanguíneas de hemácias, hemoglobinas, entre outras medições. Nele são verificadas também as características celulares de cada indivíduo.
Com base no resultado do Hemograma o médico poderá solicitar outros exames, mais específicos para cada tipo de anemia. No ValeClin Laboratório utilizamos, para as análises Hematológicas, o equipamento completamente automatizado Pentra ABX 120. Este equipamento é importado da França e oferece como diferencial a medição de vários parâmetros, que adicionam valor diagnóstico ao tradicional hemograma. Integrado à nossa rede de informática, os pacientes são identificados por códigos de barras colados no momento da coleta, eliminado a possibilidade de troca de amostras ou erros na digitação dos resultados. Todos os resultados são monitorados por um exigente programa de Controle da Qualidade.
Fonte: Dr. José Placido de Almeida Sgavioli – Dr. Giovanni Melozi Sgavioli
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