Argiloterapia: o peeling capilar
Ávidas por novidades, as clientes buscam sempre novas fórmulas para
Eficaz contra queda, caspa e seborréia, a argiloterapia é um filão para o cabeleireiro que deseja seguir a tendência dos tratamentos naturais. Seu uso elimina totalmente impurezas e células mortas do couro cabeludo e dos fios. Adstringente, tonificante e estimulante, a argila é ainda à prova de alergias. Ávidas por novidades, as clientes buscam sempre novas fórmulas para tratar do cabelo. Por outro lado, os cabeleireiros não medem esforços na hora de se especializar e trazer novidades para atender à demanda. Assim como cresceram os serviços de mechas, colorações e escovas que alisam os fios, aumentou, no mesmo ritmo, o interesse por tratamentos que recuperam fios submetidos a tantas químicas. Fórmulas que garantam bons resultados estão entre os serviços mais procurados. Elas fazem com que a cliente retorne outras vezes, para novas sessões, ou seja, a clientela é fidelizada e o lucro do salão se multiplica. De olho no filão, alguns terapeutas capilares investem na tendência dos cosméticos naturais e indicam a argila como a nova arma para tratar dos fios. Conhecida há milênios, já foi usada para mumificar corpos na Antigüidade e como medicamento poderoso na medicina egípcia, árabe e grega. Além da ação terapêutica, ela também virou sucesso em tratamentos estéticos para rosto e corpo. Mas o hit do momento é utilizá-la para combater vários problemas do couro cabeludo. Limpeza total Com ação bactericida, regeneradora, antiinflamatória e anti-séptica, a argila promove um tipo de peeling capilar. Rica em oligoelementos e sais mineirais (zinco, cálcio, potássio, ferro, magnésio, sílica e sódio), ela elimina as células mortas, retira todo tipo de impurezas e resíduos, faz uma limpeza profunda, diminuindo oleosidade, seborréia e caspa, além de ativar a circulação.
A terapeuta capilar Sheila Bellotti, proprietária de um centro capilar que leva seu nome, no Rio de Janeiro, explica que, em contato com o couro cabeludo, a máscara de argila tonifica e desintoxica a região. “Já nos fios, a ação antioxidante e a quantidade de nutrientes garantem que eles fiquem mais saudáveis, revitalizados e hidratados profundamente”, diz ela, que costuma aplicar marcas que já vêm prontas, como Águas de São Pedro. Totalmente natural, o ativo é bem aceito até mesmo por quem sofre com problemas alérgicos ou tem o couro cabeludo supersensível. Segundo a terapeuta, os tipos de argila mais usados para tratamentos capilares são os de cor verde e preta. A primeira tem ação mais tonificante, de limpeza, e é indicada para fios normais ou com oleosidade controlada. Já a preta, mais ácida, contém maior quantidade de matéria orgânica e enxofre. Ela age na raiz com oleosidade excessiva, trata alguns casos de alopecia e também de queda. Dependendo do caso, são necessárias de 10 a 12 sessões, com intervalos semanais entre elas. Sheila Bellotti alerta os cabeleireiros que, em alguns casos, se os fios estiverem muito ressecados e for feita a aplicação de argila, eles podem parecer ainda mais secos. “Isso até acontece eventualmente nas primeiras sessões, mas essa aparência muda com o uso freqüente de hidratantes e da própria argila, que tem também a função de equilibrar a fibra capilar. Aos poucos, os fios se revigoram e ganham brilho”, ensina. Sheila, que também é professora de tricologia (estudo do cabelo), costuma fazer a argiloterapia junto com outras técnicas. “Como tenho um centro capilar especializado em tratamentos, acabo incluindo a argiloterapia como uma etapa do processo, sempre aliada a outros métodos e equipamentos, como laserterapia. A indicação varia conforme o cabelo da cliente”, finaliza. por Danielle Mora Cabelos e cia
Comentários