Câncer ginecológico: mantenha-se protegida com a prevenção
O câncer de colo de útero é uma das raras doenças malignas que obtêm um índice de 100% de cura quando
O câncer de colo de útero é uma das raras doenças malignas que obtêm um índice de 100% de cura quando diagnosticada precocemente. Por esse motivo é que países como o Brasil, que todo ano registram 20 mil novos casos dessa doença, lançam mão de programas de prevenção para incentivar as mulheres a fazer um controle periódico, que inclui a consulta anual a um ginecologista e a realização de exames preventivos de câncer ginecológico, sobretudo o Papanicolaou. PORQUE TODA MULHER DEVE SE PREVENIR CONTRA O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO? Porque o câncer de colo de útero é uma doença freqüente, que não apresenta sintomas à não ser em seu estágio final, quando a situação já está muito grave.
POR QUE A MULHER É VULNERÁVEL A ESSE TIPO DE CÂNCER? Qualquer tipo de câncer se origina a partir de alterações celulares, cujas causas ainda não são totalmente conhecidos pela ciência. Mas existem fatores de risco que aumentam a possibilidade de a mulher vir a ter alguma lesão cancerosa no colo do útero. São eles: início precoce de atividade sexual, gravidez antes do 18 anos, muitos parceiros sexuais, parceiro com múltiplas parceiras, fumo e infecção por vírus sexualmente transmissível chamado Papilomavírus (HPV). QUAL RELAÇÃO DOA PAPILOMAVÍRIS COM O CÂNCER UTERINO E COMO ELE PODE SER DETECTADO? A infecção pelo papilomavírus Humano (HPV) é a doença sexualmente transmissível (DST) mais freqüente na população sexualmente ativa e está associada ao desenvolvimento de lesões pré-malignas e mesmo o câncer de colo, se não tratada adequadamente. Para auxiliar no diagnóstico específico da infecção pelo HPV, são realizados exames de captura híbrida e de hibridização em situ, que podem ser feitos em raspadas do colo, paredes vaginais, vulva, pênis ou em biópsias realizadas durante os exames de colposcopia, vulvoscopia ou peniscopia.
BASTA EVITAR FATORES DE RISCO PARA SE PROTEGER CONTRA O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO? Não toda mulher que já tenha iniciado sua vida sexual deve procurar anualmente um ginecologista. Por meio do exame ginecológico, o médico pode identificar se existem alterações visíveis na região, investiga-las por meio de vários métodos diagnósticos, como a colposcopia, a vulvocospia e a biópsia, entre outros. Afinal, muitas lesões são de origem benigna e podem ser facilmente curadas. Esse tipo de problema só vai se tornar grave se não for adequadamente tratado. E O EXAME COLPOCITOLÓGICO OU PAPANICOLAU? Ainda que não possua nenhuma lesão nem tenha nenhum fator de risco, toda mulher com vida sexual ativa deve repetir o Papanicolaou anualmente, a menos que seu médico dê orientação diferente quando à periodicidade do exame. Embora apresente certa margem de imprecisão, esse recurso diagnóstico – hoje chamado de colpocitologia ancótica – é extremamente importante na prevenção do câncer ginecológico, porque analise as células retiradas do colo do útero e das paredes da vagina, podendo, portanto, detectar as possíveis alterações celulares precursoras da doença. O QUE É A COLPOSCOPIA? É exame do colo do útero e das paredes vaginais, feito com um aparelho – o colposcópio – que possui uma lupa e, assim, aumenta várias vezes a imagem, permitindo ao médico notar lesões que não são visíveis a olho nu. O QUE É A VULVOSCOPIA? É o exame da vulva, ou seja, a parte externa da genitália feminina. Também realizado com o colposcópio, tem a mesma finalidade da colposcopia. A COLPOSCOPIA E A VULVOSCOPIA SÃO EXAMES DOLORIDOS? Não. Durante a sua realização, porém, a superfície do colo do útero, a das paredes vaginais e a da vulva recebem uma solução líquida, cuja função é preparar a região para o exame. Essa substância pode causar um ardor temporário, sem, contudo, provocar maiores incômodos. O QUE É A BIÓPSIA? É a retirada de um pequeno fragmento de tecido – do colo do útero, das paredes vaginais ou da vulva – para análise da natureza de suas alterações.
Assim como a colposcopia e a vulvoscopia, também diagnostica precocemente as doenças que podem evoluir para câncer, se não foram tratadas. A diferença é que a biópsia já diz exatamente o que é a lesão, ao passo que os demais exames apenas apontam a existência de um problema. A BIÓPSIA PODE CAUSAR SANGRAMENTO? Apenas momentaneamente. Após a retirada do minúsculo pedaço do órgão a ser analisado, o médico aplica um medicamento que estanca o sangramento. Esse procedimento recebe o nome de hemostasia. A BIÓPSIA É DOLORIDA? A biópsia no colo do útero não dói, mas pode ocasionar cólica passageira durante o exame. Já em certas áreas das paredes vaginais e da vulva, a biópsia requer anestesia local. Assim sendo, a mulher não sente dor.
É POSSÍVEL QUE A REGIÃO EM QUE FOI FEITA A BIÓPSIA VOLTE A SANGRAR? Apesar da realização do controle do sangramento nessa região, a mulher deve, sem, tomar alguns cuidados para evitar sangramentos, tais como: – não usar duchas vaginais nem provocar quaisquer atritos locais nos dois dias que se seguem ao exame; – não manter relações sexuais durante o mesmo período; – não fazer esforços excessivos logo após a biópsia; – procurar o laboratório se ocorrer qualquer anormalidade. QUE OUTROS EXAMES PODEM SER REALIZADOS PARA SE PREVENIR O CÂNCER GINECOLÓGICO? Além dos exames citados, pode-se realizar a citologia de monocamada, que é um exame equivalente ao Papanicolaou ou colpocitológico, com diferenças na coleta e no processamento da amostra obtida. As células do colo e das paredes vaginais focam dispostas em camada única nas lâminas, daí o nome do exame. Os dados de literatura mostram que há sensibilidade maior de detecção de alterações com essa técnica em relação ao exame colpocitológico tradicional. Fonte: Centro de Medicina Diagnóstica Fleury
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