Candidíase: uma infecção oportunista
Embora seja totalmente tratável, a Candidíase vaginal pode ser
Aquela coceirinha forte que quase toda mulher tem ou já teve, pode não ser assim tão inocente. Causada pelo fungo oportunista de nome Cândida sp, a Candidíase se aproveita de indivíduos imunodeprimidos (com baixa imunidade) para se manifestar. De acordo com a Drª. Elise Nakabayashi, ela atinge principalmente as mucosas como boca, estômago, vagina, etc. A Candidíase vaginal é uma das mais freqüentes e se manifesta pelo aparecimento de corrimento líquido com placas brancas ou esverdeadas de odor fétido, acompanhado de prurido (coceira) local e às vezes causando fissuras. “Estas placas podem estar aderidas à mucosa tanto externa quanto interna”, diz a médica. Embora seja totalmente tratável, a Candidíase vaginal pode ser transmitida ao parceiro na relação sexual.
“O parceiro pode apresentar prurido peniano e, em alguns casos, lesões vesiculares (bolhas)”, afirma a médica. A infecção pode ocorrer em todas as faixas etárias e em gestantes. A Candidíase pode indicar também outras doenças. Mulheres diabéticas, por exemplo, sofrem com a infecção quando há aumento do nível glicêmico, o que propicia um meio de cultura para os fungos. Já as mulheres portadoras do vírus HIV podem apresentar incidência maior de Candidíase devido à baixa imunidade causada pela doença. Recidiva O que mais preocupa as mulheres, segundo a Drª. Elise, é a recidiva, ou seja, quando os sintomas da Candidíase voltam a aparecer mesmo após o tratamento. Isto pode ocorrer por diversos motivos: . Tratamento interrompido ou realizado de forma errada; . Mulheres que apresentaram infecção e tiveram de fazer uso de antibióticos; . Uso de corticóides por tempo prolongado; . Etiologia sazonal: um clima quente e chuvoso torna a vagina mais quente e úmida causando proliferação dos fungos; . Período pré-menstrual, quando ocorre discreto declínio da imunidade no organismo; Stress emocional causando pela alimentação deficiente, insônia e desgaste físico e mental; . Uso de vestimentas apertadas e de material sintético como nylon deixam a vagina abafada e úmida. Tratamento O tratamento para combater a infecção consiste em medicamentos de ação sistêmica (comprimido via oral) e de ação local (cremes vaginais). Nos casos em que o tratamento não teve resposta satisfatória, deve-se adotar medicação de amplo espectro. “O parceiro também deve receber tratamento para evitar recidiva”, afirma a médica. Fonte: Hospital e Maternidade São Camilo
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