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Como você é avaliado pelo seu homeopata

Como entender que está melhorando uma criança que foi se tratar de bronquite aos oito anos de idade, e, de repente, teve uma amigdalite purulenta com febre altíssima, coisa que já não acontecia desde quando tinha quatro anos?

A Homeopatia é uma das especialidades médicas onde o paciente encontra as maiores oportunidades de expor ao médico seus reais sofrimentos, aqueles que vão além das queixas físicas. Já se pode considerar de domínio geral, o conhecimento desse aspecto, assim como o fato de o médico homeopata ouvir a historia de seu paciente e dela extrair dados que possam individualiza-lo, para então escolher o medicamento que mais se adeque às suas necessidades, ajudando-o a restabelecer seu estado de equilíbrio ou saúde. Para isso, o profissional avalia o princípio da “Lei da Semelhança”. A questão se complica na 2ª avaliação, onde será observada a evolução do paciente. Como entender que está melhorando uma criança que foi se tratar de bronquite aos oito anos de idade, e de repente teve uma amigdalite purulenta com febre altíssima, coisa que já não acontecia desde quando tinha quatro anos? Ou ainda, uma mulher de meia idade que procurou ajuda para se livrar dos sintomas da menopausa, ter as orelhas fissuradas e uma seborréia pruriginosa que, até onde se lembra, sua mãe comentou ter sido necessário um tratamento demorado para desaparecer quando ainda era criança? Tudo bem!

No primeiro caso, o peito não chiou, mas febre? Na segunda situação o ressecamento de mucosas, as ondas de calor e a sensação de inchaço melhoraram, mas caspa? Todos estes dilemas desaparecem quando se coloca ao paciente quais são os parâmetros aplicados pelo homeopata, para saber se seu paciente está tendo uma boa ou má evolução. São as “Leis de Cura”. Perfeitamente compreensíveis se explicadas de forma simples e objetiva. A primeira coisa a se entender é que para a Homeopatia, o individuo está saudável não só porque não apresenta doença física, mas também porque se encontra globalmente sem nenhum incomodo em sua relação consigo ou com o meio. Portanto, alguém pode estar há anos sem uma doença física, mas se sofrer de uma insônia ou um medo exagerado, por exemplo, não poderá ser considerado saudável. O segundo aspecto se refere ao caminho que o processo de cura percorre. Enquanto a doença assume um sentido centrífugo, que significa que o individuo adoece de dentro para fora, a cura segue um sentido centrípeto, ou seja, de fora para dentro. Lógico que esse sentido vale para o corpo físico, isto é, os tecidos e órgãos. Porque, o que primeiro se desarranja no ser humano é sua mente, com sua vontade e entendimento. E por isso mesmo será a primeira coisa a melhorar. De nada valeria o paciente se tratar de uma doença crônica, e até melhorar dela, se aspectos mais profundos como fobia, agressividade ou timidez intensas permanecessem atrapalhando o bem-estar dele.

O terceiro aspecto a ser analisado é o tempo de duração dos sintomas em questão. Esses desaparecem em ordem inversa do seu surgimento. Do mais recente para o mais antigo. O que explica nosso amiguinho voltar a apresentar temporariamente amigdalite, após ter melhorado da bronquite, ou o surgimento do eczema de infância em uma mulher com melhora dos desconfortos da menopausa. Certamente, esses sintomas se afloraram para serem eliminados definitivamente e não apenas suprimidos como o foram quando tratados de forma alopática. Finalmente temos as “Leis de Hering”*, onde tem-se que a melhora dos sintomas ocorre de cima para baixo, e da doença de dentro para fora. Assim como dos órgãos mais vitais para os menos vitais, ficando para o final pele e mucosas. Complementando, conforme os sintomas mais recentes desaparecem, os antigos afloram para serem eliminados. E, segundo Hahnemann, isso deve ocorrer da forma mais rápida, segura e menos danosa possível, para que a saúde se restabeleça, também, rápida, suave e duradoura. É óbvio que as coisas não são tão simples assim. Existem, por exemplo, o que chamamos de correspondência de órgãos, onde são correlacionados os órgãos humanos aos aspectos do intelecto e vontade do indivíduo. Temos ainda o “Prognóstico Clínico Dinâmico”, onde através de uma espécie de “padrão de gráficos” o homeopata pode avaliar a evolução e chance de cura de seu paciente. O que importa é saber que o médico está preparado para esclarecer e orientar seu paciente sobre dúvidas que, mesmo aparentemente tolas, podem ser vitais ao seu tratamento.

* Hering – Médico Homeopata, discípulo de Samuel Hahnemann Dra. Mileny C. Xavier – Médica especializada em Homeopatia pelo Instituto François Lamasson e Pós-Graduada pela Associação Paulista de Homeopatia – São José do Rio Preto-SP – (17) 3235-5363

 

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