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Desejo

Segundo a concepção Freudiana, desejo é um dos pólos do conflito defensivo. O desejo inconsciente tende a realizar-se restabelecendo, segundo

as leis do processo primário, os sinais ligados às vivências de satisfação. A Psicanálise mostrou no modelo do sonho, como o desejo se encontra nos sintomas sob forma de compromisso. Em qualquer concepção do homem existem noções tão fundamentais, que não podem ser delimitadas; este é, incontestavelmente, o caso do desejo na doutrina Freidiana. A definição mais elaborada refere-se à vivência de satisfação, após a qual…a imagemmnésica de uma certa percepção se conserva associada ao traço mnésico de excitação resultante da necessidade. Logo que essa necessidade aparece de novo, produzir-se-á, graças à ligação que foi estabelecida, uma moção psíquica que procurará reinvestir a imagem mnésica desta percepção e mesmo invocar esta percepção, isto é, restabelecer a situação da primeira satisfação: a essa moção é que chamamos desejo; o reaparecimento da percepção é a “realização do desejo”.

Esta definição nos leva a propor as seguintes observações: • Freud não identifica a necessidade com desejo; a necessidade, nasce de um estado de tensão interna, encontra a sua satisfação pela ação específica que fornece o objeto adequado (alimentação, por exemplo); o desejo está indissoluvelmente ligado a “traços mnésicos”, e encontra a sua realização na reprodução alucinatória das percepções que se tornaram sinais dessa satisfação. • A procura do objeto no real é inteiramente orientada por esta relação com sinais. É a articulação destes sinais que constitui aquele correlativo do desejo que é a fantasia. • A concepção Freudiana do desejo refere-se especialmente ao desejo inconsciente, ligado a signos infantis indestrutíveis.

Fonte: pos-saber

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