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Grávida deve fazer hidroginástica, aconselham médicos

Quando a mulher já está habituada a fazer exercícios é mais fácil dar continuidade às atividades depois

 

A hidroginástica diminui o inchaço e proporciona uma respiração perfeita do bebê. A prática de atividades físicas durante a gravidez traz inúmeras vantagens e é indispensável para o bem-estar da mulher, mas nunca deve ser feita sem a orientação de profissionais. “Os exercícios possibilitam, entre outras coisas, a redução do percentual de gordura, o fortalecimento da musculatura, o relaxamento muscular, a melhora da capacidade cardio-respiratória e a diminuição da percepção de dor na hora do parto”, afirma Leonardo Mataruna, professor da escola de da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Quando a mulher já está habituada a fazer exercícios é mais fácil dar continuidade às atividades depois de engravidar, mesmo que a carga de esforço tenha de ser reduzida. “Não quer dizer que as pessoas sedentárias não podem fazer, mas a falta de preparo físico deve ser levada em conta”, diz o ginecologista e obstetra Abner Lobão Neto, coordenador do pré-natal personalizado da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Lobão Neto sugere que a gestante prefira os exercícios feitos na água, onde o impacto é menor. “Recomendo hidroginástica para todas as gestantes. Em poucos casos há restrições”, afirma. Para o médico da UFRJ, as atividades físicas mais indicadas são as que possuem intensidade leve ou moderada, de baixo impacto, e que causem pouco contato físico. “Alongamento, caminhada, hidroginástica são algumas opções, desde que praticadas com moderação.” O excesso de exercício deve ser evitado porque pode causar um efeito ruim na gravidez. “As malhadoras compulsivas precisam de um freio. Movimentos intensos jogam o sangue para a musculatura, tirando da placenta”, diz Lobão Neto. Água A hidroginástica mexe tanto com o aspecto físico quanto psicológico da mulher. Há um alívio de estresse, redução do inchaço, das dores lombares cervicais. Os exercícios estimulam ainda a produção da endorfina, responsável pela sensação de bem-estar e bom humor. A hidro facilita a prática de movimentos que fora da água são difíceis para a gestante, como correr e fazer abdominais. Uma parte das aulas de hidroginástica direcionadas às gestantes é reservada para os alongamentos, exercícios respiratórios, fortalecimento muscular do períneo e do abdômen, além do relaxamento. O restante do curso acontece na piscina, onde são feitos exercícios aeróbicos e localizados, além de, novamente, relaxamento. “A hidroginástica alivia o cansaço e diminui as dores lombares. Aprendi também qual é o jeito certo de respirar na hora das contrações”, disse a agente de viagens Cindy Severini, 25, que está no sétimo mês de gestação de seu primeiro filho. Como em qualquer prática esportiva feita durante a gravidez, a hidroginástica deve ser autorizada pelo médico. Em geral, as mulheres são liberadas após 12ª semana de gestação, uma vez que o feto já está bem fixado e o risco de aborto espontâneo é menor. Em alguns casos, a gravidez acaba servindo de estímulo às mulheres que não praticavam nenhum esporte. “Não fazia exercícios antes de ficar grávida porque não tinha tempo. Agora arrumei um espaço para a hidroginástica. Vi que ia ser bom para o bebê e estou me sentindo melhor também. Saio da aula mais relaxada e consigo dormir bem”, disse a médica Maria Emília Bezerra da Costa, 30, que está no quinto mês de gestação de seu primeiro filho. Na maioria dos casos, as alunas frequentam as aulas até o final da gestação. “É raro o médico pedir para alguma parar antes. Mexer com o corpo da grávida como um todo é uma das vantagens da hidroginástica. A musculatura não é o único enfoque. Exercícios para respiração, equilíbrio, alongamento e relaxamento também são praticados na piscina. “Na gravidez, o corpo da mulher se modifica e a hidroginástica para o bem-estar porque mexe com a circulação, diminuindo o inchaço, tranquiliza e relaxa. Os movimentos possibilitam ainda o oxigenamento perfeito do bebê porque a respiração da mãe melhora, além de proporcionar maior contato com o bebê”, diz a fisioterapeuta Cristina Balzano Guimarães. As aulas não são restritas às mulheres. Os homens são bem-vindos e podem participar dos exercícios com as gestantes. “A presença deles é importante. Os parceiros podem auxiliar em muitos exercícios feitos durante o trabalho de parto, sem contar o valor do próprio contato”, diz a fisioterapeuta. “Eu fazia semanalmente os exercícios no consultório e diariamente em casa. Quando meu marido estava em casa, ele fazia junto”, diz a pedagoga Gisele de Oliveira, 28, que já deu à luz. Para obter bons resultados, a recomendação é fazer as aulas de hidroterapia duas vezes por semana, com o acompanhamento do fisioterapeuta. Não há restrição à prática, mas é bom consultar o obstetra antes de começar. Geralmente, o exercício é liberado após o terceiro mês de gestação, desde que não haja nenhuma contra-indicação. Folha Equilíbrio-09/10/03. – 21/09/2007. Fonte: www.fisio.com.br

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