Herpes genital, uma dst, que não tem cura
O vírus causador da doença Herpes simplex II (HS-II) é uma variação do Herpes Simplex Hominis, responsável por viroses como a catapora, a varicela,
a mononucleose e o herpes oral ou labial. É uma infecção que não tem cura. Uma vez contaminada pelo vírus, que se aloja em gânglios nervosos próximos dos genitais e ali permanece latente, a doença pode se manifestar se a pessoa sofrer alguma baixa de resistência nos mecanismos de defesa do organismo. Ela produz geralmente um mal-estar inicial, que pode passar despercebido, antes que ocorram as bolhas genitais que a caracterizam. O tempo de incubação do vírus leva de alguns dias até três semanas após o contágio, mas a infecção pode só se manifestar de forma mais concreta, em bolhas que depois se transformam em feridas, meses mais tarde. Nas mulheres, o herpes genital afeta áreas como a vulva (região dos lábios ao redor da vagina), o canal vaginal, ou o colo do útero e ânus.
Nos homens, as lesões são observadas no pênis e no escroto. O vírus ainda pode infectar a pele das nádegas, pernas e dedos das mãos. As erupções em estágio de pequenas feridas duram de 10 a 14 dias e são dolorosas. No colo uterino o herpes genital pode provocar corrimento e algum sangramento, mas é raro causar dor. O herpes de boca, cujo vírus transmissor é diferente do genital, também pode ser transmitido por contato sexual para os genitais e vice-versa, por meio da relação oral. A transmissão de um ou outro tipo é possível sem a presença da infecção em bolhas e feridas. Por isso, toda pessoa sexualmente ativa está sujeita à contaminação se não fizer uso correto do preservativo (camisinha feminina ou masculina).
A relação com vários parceiros sexuais sem preservativo e a atividade sexual precoce, na adolescência, são os principais fatores de risco para a DST. Embora não exista um medicamento que mate o vírus, algumas drogas dificultam sua multiplicação e encurtam o tempo da doença. Existe medicação ainda para tratar as feridas genitais e apressar a cicatrização. Os fatores responsáveis pela repetição das crises de herpes podem ser ambientais — o calor excessivo ou banho de sol também em excesso – ou orgânicos, como a baixa na imunidade provocada por cansaço físico, estresse emocional, doença ou má alimentação. O consumo de álcool e o tabagismo e a menstruação são elementos que concorrem para a manifestação da infecção instalada. Cuidar da alimentação e manter bons hábitos de vida para evitar a manifestação do herpes genital e seus efeitos desconfortáveis é crucial para quem tem o vírus. Fonte: A Mulher, a Aids e Outros Doenças Sexualmente Transmissíveis, de Iara Moreno Linhares, Angela Maggio da Fonseca e José Aristodemo Pinotti (Fundo editorial BYK, SP-2004) Fonte: Mais Saúde Brasil
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