Menstruação e Mitos
Cinco mitos sobre o fluxo menstrual
1. O sangramento mensal elimina toxinas e limpa o organismo
A menstruação é a expulsão do endométrio, revestimento interno do útero, que descama quando há uma queda dos níveis de estrogênio e progesterona no organismo. Durante esse processo, pequenas veias e artérias são rompidas. A menstruação não depura o corpo, apenas elimina o tecido endometrial e o sangue decorrente dessa descamação
2. A pausa mensal na cartela de pílulas serve para eliminar o acúmulo de hormônios no organismo
Entre trinta e 48 horas após a ingestão de cada comprimido, os hormônios já foram completamente metabolizados e eliminados do organismo. Além disso, os ginecologistas argumentam que, apesar de sintéticos, os hormônios das pílulas contraceptivas são extremamente parecidos com os hormônios naturais – e, portanto, não requerem um período para desintoxicação
3. O ciclo estendido compromete a fertilidade da mulher
Estudos que acompanharam mulheres durante dois anos de uso contínuo da pílula mostraram que a taxa de retorno à fertilidade, uma vez suspenso o método, é comparável à da utilização convencional do medicamento. Em ambos os casos, assim que o uso é interrompido, os óvulos voltam a amadurecer nos folículos ovarianos e o endométrio retoma o processo de formação, descamando no próximo ciclo se a mulher não engravidar
4. Após alguns meses sem menstruar, os sintomas da TPM, as cólicas e o fluxo voltam com mais intensidade
Não há nenhuma razão para que isso aconteça. Tensão pré-menstrual, cólicas e intensidade do fluxo dependem do organismo de cada mulher. Sem a pílula, o corpo apenas volta a funcionar normalmente, produzindo os mesmos sintomas de antes do tratamento
5. Menstruar todo mês é um processo natural
Para uma corrente de ginecologistas, natural mesmo seria a mulher engravidar seguidamente, já que o organismo feminino se prepara para uma gestação a cada ciclo menstrual. O sangramento mensal da mulher que utiliza a pílula com a parada regular, a cada 21 dias, é menos abundante porque o endométrio expelido não é espesso, como ocorreria se ela estivesse ovulando
Fontes (Revista Veja): Achilles Machado Cruz, Cecilia Roteli, Afonso Nazário e César Eduardo Fernandes, ginecologistas
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