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O que é pé-de-atleta?

Pode disseminar-se para outras áreas da pele, especialmente

 

A designação “pé-de-atleta” é vulgarmente entendida como a infecção dos pés por fungos denominados “dermatófitos”. Também se denomina correntemente como micose dos pés, uma vez que qualquer infecção por fungos é uma micose. Esta palavra tem origem grega (mikos) e significa precisamente fungo. A infecção localiza-se sobretudo nas pregas interdigitais dos pés, sobretudo na que une o 4º e 5º dedos. Causa prurido, descamação, maceração e fissuras. Pode estender-se às outras pregas interdigitais, ao sulco comum dos dedos e à superfície plantar dos pés. Atinge também as unhas. Pode disseminar-se para outras áreas da pele, especialmente para as virilhas. O doente com pé-de-atleta pode contagiar outras pessoas. A transmissão efetua-se pelos esporos do fungo – especialmente em locais fechados e pouco arejados. Pensa-se que a umidade possa também constituir fator favorável à disseminação.

 

Contudo, os fungos que originam o pé-de-atleta não revelam grande virulência. Pensa-se ser mais importante certa susceptibilidade individual, que facilita a infecção, mas cuja natureza é ainda desconhecida. Fungos dermatófitos são aqueles que se desenvolvem efetivamente na pele humana e de animais, por meio de estruturas filamentosas ramificadas e septadas denominadas “hifas”. O conjunto das hifas constitui o chamado “micélio”, o qual se nutre de uma proteína existente na superfície da pele denominada ceratina. Por esta razão são também denominados fungos ceratinofílicos. Os fungos dermatófitos que mais freqüentemente causam o pé-de-atleta pertencem a dois generos – Trichophyton e Epidermophyton. Destes, as espécies Trichophyton rubrum e Trichophyton mentagrophytes são as mais comuns. A freqüência de T. rubrum tem aumentado ao longo dos últimos decênios. Quanto à transmissão do pé-de-atleta, estudos permitem concluir a baixa probabilidade de contaminação das areias das praias por fungos dermatófitos, provavelmente por falta de condições para a sua sobrevivência.

Ao contrário, a contaminação de ginásios e de balneários constitui fonte importante de contágio do pé-de-atleta e de outras dermatofitias, a exigir cuidados sanitários adequados. Noções importantes: 1. Se sofre de comichão e inflamação entre os dedos dos pés, é possível que sofra da doença. 2. Se sofre de alteração das unhas dos pés, ela pode ter a mesma origem do “pé de atleta”, isto é, ser igualmente causado por fungos dermatófitos. Contudo, há outras doenças semelhantes. 3. Nos balneários, piscinas, ginásios, saunas, instalações de “healthclub” e outras instalações públicas do mesmo tipo, não ande descalço – use sempre os seus próprios chinelos. 4. Não use medicamentos com objetivo de evitar ou de tratar o pé-de-atleta. Se suspeita de que sofre da doença consulte o dermatologista e nunca efetue tratamentos que não sejam por ele indicados. Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venearologia

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