Pós carnaval: dst`s e gravidezes indesejada
PÓS-CARNAVAL: AÇÕES IMPULSIVAS MERECEM ATENÇÃO QUANDO SE TRATA SOBRE FERTILIDADE O Carnaval é tradicionalmente uma das festas mais animadas do país, sinônimo de curtição, alegria, jovialidade… Entretanto, para muitos foliões essa época
do ano termina cheia de preocupações e má lembranças, devido à negligência que leva às doenças sexualmente transmissíveis e, principalmente, gravidezes indesejadas. A procura de um médico, por conseguinte se torna indispensável a fim de evitar mais contratempos. “A falta de informação induz, por exemplo, um uso abusivo da contracepção de emergência, mais conhecida como a pílula do dia seguinte, que pode causar sérios danos à saúde”, alerta Vinicius Medina Lopes, especialista em Reprodução Assistida e diretor clínico do Instituto Verhum.
A pílula do dia seguinte não deve substituir outros métodos anticoncepcionais, especialmente o preservativo (camisinha) que é a melhor forma de se proteger contra as doenças sexualmente transmissíveis: HIV, HPV, Clamídia, Gonorréia, Herpes, Sífilis, entre outras. “As DSTs como Gonorréia e Clamídia obstruem as trompas por inflamação das mesmas e formam abscessos nessa região, podendo raramente levar a morte. Outra causa de obstrução tubária é o abortamento infectado que também pode induzir ao óbito”, informa dr. Vinicius Medina Lopes. OS PERIGOS – A Chlamydia Trachomatis é uma bactéria que agride o aparelho genito-urinário de homens e mulheres. Causa uma infecção de caráter assintomático no aparelho reprodutor feminino e, mais freqüentemente, gera sintomas nos homens, sendo responsável por 50% dos casos de uretrite não gonocócica. Está ainda associada à inflamação do aparelho reprodutor masculino, o que afeta seriamente o processo reprodutivo.
Segundo o especialista, a incidência de infecções por Clamídia vem crescendo ultimamente. “Para se ter uma idéia, já em 2002, o Centers for Disease Control and Prevention estimava que três milhões de casos ocorriam entre adolescentes e jovens adultos sexualmente ativos nos EUA”, comenta dr. Vinicius. Em relação às mulheres o assunto é mais preocupante. É estimado que 20 a 40% das que não fazem tratamento para a infecção, evoluem para uma doença inflamatória pélvica (DIP). Como seqüela, 20% desenvolvem infertilidade, 18% dor pélvica crônica e 9% apresentam episódio de gravidez tubária. “A C. Trachomatis pode se instalar no colo uterino e causar endometrite; atingir as trompas e desenvolver um quadro de inflamação, que conduz a infertilidade devido à obstrução tubária. O risco aumenta devido ao diagnóstico tardio e pelos episódios de DIP”, avisa dr. Vinicius. ABORTOS – A interrupção da gravidez pode ser espontânea ou induzida.
A primeira ocorre por motivos maternos, paternos ou embrionários. Já o aborto induzido é caracterizado pela retirada do feto da cavidade uterina. Pode ser realizado através do uso de medicamentos ou cirurgias que variam em função do período gestacional, como sucção ou aspiração, dilatação e curetagem. Os números não são precisos, mas é considerado que sejam realizados mais de 50 milhões de abortos no mundo, sendo 20 milhões em condições precárias. “A paciente que faz um aborto clandestinamente corre um grande risco de vida. Diversas complicações podem ser geradas, entre elas, lesões às trompas por infecção pós-aborto, danos no colo uterino que levam a outros abortos e partos prematuros, e a extirpação do útero. Em fatos mais graves, devido à infecção ou hemorragia a mulher pode vir a falecer”, atenta o médico. Em tempo: Dr. Vinicius também adverte para a crendice popular que utiliza de substâncias tóxicas(chumbo, arsênio, antimônio, ácidos)e plantas absinto(losna, algodoeiro) para o uso abortivo. Ingeridas em altas quantidades podem ser mortais.
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