Prevenção do câncer ginecológico
Dentre estas, o câncer ginecológico, principalmente o cérvico
As doenças malignas constituem importante problema da nossa sociedade, principalmente devido ao aumento do número médio de anos de vida, da maior exposição e fatores de riscos ambientais e de modificações de hábitos de vida. Dentre estas, o câncer ginecológico, principalmente o cérvico-uterino e de mama constituem as principais causas de óbito no sexo feminino, em fases da vida em que sua importância social como mãe e esposa são enormes. O câncer cérvico-uterino está estritamente relacionado com níveis sócio-econômicos baixos, má higiene sexual, início de atividade sexual em idade precoce, multiparidade, multiplicidade de parceiros e história de infecções genitais recorrentes como doenças sexualmente transmissíveis, colpites, etc. A natureza foi pródiga ao permitir naturalmente a detecção da neoplasia na fase precoce, dotando a mulher de orifícios ou protuberâncias que permitem o aceso aos órgãos genitais, facilitando seu exame. A exceção fica por conta dos ovários que, por serem exclusivamente cavitários, não permitem exame direto.
O favorecimento que a localização anatômica do órgão propicia, facilita a exploração clínica através do exame ginecológico, citologia oncótica e hormonal, colposcopia e histologia, com o objetivo de realizar prevenção e diagnóstico precoce deste tipo de câncer. Vale aqui a lembrança que este tipo de câncer possui evolução arrastada podendo até estacionar em estágios incipientes por vários anos facilitando o seu achado quando da realização de exames preventivos anuais. As ações preventivas atingem a mulher desde a idade escolar até aquelas com prole constituída através da educação sexual, melhora o nível sócio-econômico, diminuição da promiscuidade, tratamento precoce e correto das infecções genitais, bem como a simples conscientização da população para a realização de exames preventivos periódicos. Sabemos que, quanto mais inicial for realizado o diagnóstico e mais rapidamente instituído o tratamento correto, menores serão as chances de complicações e seqüelas melhorando consideravelmente o prognóstico. O tratamento das fases iniciais é simples e barato podendo levar à cura clínica mantendo a mulher, mãe e esposa atuante na sociedade. Sintomas mais indicativos de lesão: 1. Sangramento genital, mormente pós-coito
2. Dor pélvica, ao coito, contínua. 3. Tumor, com crescimento visível ou dedutível. 4. Corrimento contínuo, com odor e cor sanguinolenta. Condutas básicas: 1. Evitar multiplicidade de parceiros sexuais, uso de preservativos, higiene sexual e ginecológica, planejamento familiar; 2. Auto exame das mamas mensal, pós-menstruação; 3. Consulta ginecológica anual obrigatória, independente de queixas; 4. Exame médico detalhado e acurado, não dispensando o exame das mamas, abdome, toque vaginal e retal; 5. A colposcopia alargada é obrigatória; 6. Citologia oncótica anual até os 35 anos, após semestral; 7. Biópsias e conização se necessário; 8. Ultrassonografia pélvica ou transvaginal semestral; 9. Mamografia e ultrassonografia mamária bianual após 35 anos; 10. Tratamento precoce e correto das patologias ginecológicas precursoras do câncer ginecológico. Dr. Heinz Roland Jakobi Médico Ginecologista e Obstetra Porto Velho, RO
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