Saiba mais sobre reposição hormonal
O hormônio estrógeno protege o organismo
A partir dos 40 anos, a mulher entra em uma fase em que seus ovários vão, pouco a pouco, deixando de produzir os hormônios femininos, estrógeno e progesterona, responsáveis pela fertilidade. Essa fase denomina-se climatério, período que antecede a menopausa, fim da vida reprodutiva, quando, normalmente, sofre alterações importantes, físicas e emocionais. Função dos hormônios O hormônio estrógeno protege o organismo feminino contra ataques cardíacos e contra a perda óssea causada pela osteoporose, doença comum na velhice, responsável por fraturas e conseqüente dificuldade de locomoção. Avanços da medicina, nos últimos anos, possibilitaram não só o entendimento das conseqüências da falta de estrógeno para a mulher, como maneiras de repô-lo em seu organismo. Essa reposição permite: · Reduzir os níveis de colesterol; · Diminuir os riscos de doenças cardíacas e vasculares; · Retardar problemas de perda óssea;
· Aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor (fogachos), insônia, desânimo, irritabilidade, nervosismo, depressão, diminuição do desejo sexual; · Prevenir a perda de memória; · Prevenir a doença de Alzheimer. A terapia de reposição hormonal (TRH) O médico ginecologista, além do exame clínico e análise da mamografia, pede à mulher um exame de sangue para verificação de sua dosagem de hormônio. A partir desses dados, indicará o tratamento mais adequado de reposição hormonal. Esta pode ser feita de diferentes formas: · Por via oral, através de comprimidos; · Por utilização de adesivos transdérmicos; · Por implantes subcutâneos; · Por injeções intramusculares; · Por cremes vaginais ou gel (a mais nova forma de TRH). Quando iniciar a TRH Ao perceber os primeiros sinais de menopausa, a mulher deve consultar seu ginecologista sobre a possibilidade de iniciar a reposição hormonal. Quanto mais cedo começar, mais estará protegida contra a osteoporose e contra doenças cardíacas. A TRH reduz em 90% as degenerações da espinha dorsal e em 50% as fraturas da bacia. Também reduz em 50% o risco de infarto. As mulheres que tiveram seus ovários removidos cirurgicamente devem fazer reposição hormonal. Os prós e os contras da reposição hormonal As mulheres com pressão arterial alta e não controlada, com taxas altas de triglicérides, tendência para formar coágulos sangüíneos e doenças do fígado, somente podem repor hormônio sob cuidadosa supervisão médica. Tomar apenas o estrógeno, sem seu hormônio de equilíbrio, a progesterona, pode aumentar o risco de câncer de útero. No caso de histerectomia (retirada cirúrgica do útero) pode ser administrado somente o estrógeno. Mulheres sob terapia de reposição hormonal devem ser submetidas, regularmente a exame ginecológico completo e mamografia.
Ao ginecologista cabe discutir com a paciente as preocupações desta com o uso de estrógeno. De posse de todos os exames requeridos e de seu histórico familiar, ele poderá orientá-la quanto ao uso ou não da TRP, e também quanto a alguns possíveis efeitos colaterais, como sensibilidade nos seios, náuseas e retenção de líquidos. Se a terapia combina estrógeno com progesterona, pode ocorrer um sangramento a cada ciclo, como resposta do organismo para a proteção uterina. A TRH e o ganho de peso. Ao entrar na menopausa, a mulher, naturalmente começa a ganhar peso e a sofrer mudanças corporais, como perda da cintura, por exemplo, por acúmulo de gordura nessa região. Estudos comprovam que o aumento de peso é menor em mulheres que fazem TRH. Alternativas para a TRH A mais nova alternativa de reposição hormonal foi lançada, recentemente, no Brasil e Estados Unidos. É o Raloxifeno, modulador seletivo dos receptores de estrógenos (SERM). Assim como os estrógenos, ele reduz os riscos de osteoporose, baixa os níveis de colesterol e protege o organismo feminino contra doenças vasculares. Não oferece riscos de câncer de mama e de útero, pois bloqueia o crescimento de tecidos nesses órgãos, e seu uso não causa sangramento vaginal. A terapia de reposição hormonal tem efeitos benéficos e sua eficácia está no tratamento a longo prazo. Mulheres adeptas da TRH vivem melhor o seu período pós-menopausa. Fonte: Associação Paulista de Medicina
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