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Terceira idade: alimentação, exercícios e lazer

A preocupação com a qualidade de vida dos idosos vem

 

 

A preocupação com a qualidade de vida dos idosos vem aumentando, nos países desenvolvidos, à medida em que melhores condições de higiene e avanços da medicina propiciam maior longevidade. A expectativa de vida, que, no início do século, era de 47 anos, hoje, alcança, em média, 70, com pequenas variações entre homens e mulheres. Naturalmente, há influência de fatores ambientais e genéticos, mas, em geral, a vida urbana, que se intensificou nas últimas décadas, permitindo acesso mais fácil à assistência médica e melhores condições de moradia, trouxe a possibilidade de as pessoas alcançarem idade avançada. O envelhecimento da população, no Brasil, já tem sido tema de simpósios de Geriatria, planejamentos de saúde pública a longo prazo etc. Mas, o mais importante é que cada família que tem um idoso em casa esteja atenta aos cuidados que devem ser tomados para que ele tenha vida saudável, como alimentação equilibrada, controle de peso, prática de alguns exercícios físicos, além de segurança no ambiente doméstico. Alimentação adequada A alimentação do idoso deve conter: · Frutas, verduras, legumes frescos · Pães, cereais, grãos, arroz, massa e feijões · Leite e derivados · Carnes brancas Convém evitar enlatados e embutidos, como lingüiça, salame e salsicha, bem como frituras e grelhados. Alimentos cozidos ou assados, com pouco sal, beneficiam o coração, evitando acúmulo de gordura nas artérias, que pode causar doenças cardiovasculares.

 

Quanto aos horários das refeições, é recomendável distribuí-las em pequenas porções mais vezes ao dia, evitando sobrecarregar a digestão com almoço e jantar abundantes. Frutas, sucos, chás, torradas e biscoitos, gelatinas e iogurtes, sopas leves são excelentes nutrientes. Para idosos em recuperação de doenças, cirurgias, ou enfraquecidos, o médico recomendará complementos alimentares em pó, concentrados e acrescidos de vitaminas, que já existem no mercado. O importante é lembrar-se de que, nesta era de fast-food e alimentos congelados ou semi-prontos, a família deve providenciar “comidinha caseira” para o velho, cujas necessidades e cujo paladar são diferentes dos jovens. Exercícios físicos A medicina preventiva, hoje, sabe que o organismo é uma máquina cuja durabilidade é tanto maior quanto maiores forem os cuidados com sua manutenção. Os médicos têm conscientizado pacientes de todas as idades de que alimentação e atividades físicas planejadas podem prevenir muitas doenças, entre elas: obesidade, pressão alta, infarto, derrame, diabetes, osteoporose, depressão. Exercícios adequados (caminhar, nadar, andar de bicicleta) e regulares: · ajudam a manter o peso ideal, · regulam as funções cardiorrespiratórias, · fortalecem a musculatura e dão mais equilíbrio ao corpo, · fazem o sangue fluir melhor e levar mais oxigênio para todas as partes do corpo, · reduzem o nível de LDL, o colesterol ruim que obstrui a artérias, · elevam o nível de colesterol bom, que ajuda a proteger contra as doenças cardíacas. Fumo e álcool podem acarretar sérios problemas de saúde. O abuso do cigarro tem sido responsável por enfisema e câncer de pulmão, e o consumo de bebidas alcoólicas traz danos aos rins, hipertensão, além de doenças do fígado e problemas cardíacos. Possibilidade de acidentes Um entre quatro idosos cai dentro de casa, pelo menos uma vez por ano, e, em 34% dos casos, ocorre algum tipo de fratura. Esses dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia comprovam que o risco de queda aumenta na terceira idade.

Os fatores que concorrem para isso estão ligados à perda de firmeza nas pernas, que causam dificuldade de locomoção, justamente quando os ossos estão mais frágeis; ao deslocamento do eixo de sustentação do corpo, na medida em que a coluna vertebral se curva e o equilíbrio é afetado; à queda de pressão arterial, ao levantar-se da cama; à dificuldade de visão; ao uso de certos remédios que podem provocar tonturas; artrose; desidratação; isquemia cerebral. O perigo do tombo para o idoso está na fase de recuperação, que, nessa fase da vida, é difícil. Permanecer imóvel por muitos dias, em geral, leva a um estado de enfraquecimento do paciente, que pode ser agravado, se precisar ficar deitado, pois há o risco de uma pneumonia. Conforme a fratura, a do fêmur, por exemplo, há necessidade de cirurgia e internação hospitalar, que para o velho, sempre, é mais longa. O ideal é, pois, evitar, de todas as maneiras possíveis, o risco de acidentes. Alterações, dentro de casa, a fim de evitar quedas do idoso: · Quarto – Cama mais alta do que as comuns. A altura recomendada é de 55 a 65 centímetros. Armários com luzes internas para facilitar a visualização das roupas. Criado-mudo da mesma altura da cama, com abajur e telefone. Poltrona para vestir meias e calçar sapatos. · Banheiro – Piso anti-derrapante. Corrimãos dentro do boxe e ao lado do vaso. Banco de plástico resistente para lavar os pés, ou, se preferir, tomar banho sentado. Ducha móvel. · Cozinha – Bancada da pia a uma altura de 80 a 90 centímetros do chão. Piso anti-derrapante. Luz adequada sobre a pia e o fogão. · Sala – Sofás e poltronas com altura de 55 a 65 centímetros, para maior facilidade de sentar-se e levantar-se. Disposição adequada de móveis, de modo a evitar mesinhas de centro e tapetes soltos. · Escadas e corredores – Bem iluminados e co pisos anti-derrapantes, se possível, emborrachados. Formas de lazer É importante para a saúde física e mental do paciente, que ele mantenha contato prazeroso com sua família, receba visitas regulares de parentes e amigos, e se mantenha ocupado Além de um pequeno passeio diário, para tomar o sol da manhã, é recomendável que se dedique a um hobby. À família cabe estar atenta a esses detalhes, lembrando-se de que o idoso precisa não somente de cuidados médicos, mas de carinho, compreensão e muita paciência por parte das pessoas que ele ama. Fonte: Associação Paulista de Medicina

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