Tipos de intoxicações alimentares
Após a compra, os alimentos refrigerados
Náuseas, vômitos, cólicas ou diarréia podem ser sintomas de intoxicações alimentares causadas por ingestão de alimentos contaminados. As bactérias neles contidas são difíceis de serem detectadas apenas pela aparência, mas podem causar a doença em vários graus de gravidade, variando desde casos leves até casos muito severos ou que coloquem em risco a vida. O corpo humano, normalmente, é bem resistente a agressões provocadas por bactérias, porém, indivíduos que tenham o sistema imunológico deprimido são mais susceptíveis às intoxicações. Quando estas pessoas contraem a doença com sintomas severos de vômitos e diarréia, torna-se mais difícil o tratamento. Visto que a maior parte das intoxicações alimentares resultam de manuseio impróprio dos alimentos, as pessoas devem conscientizar-se em seguir os procedimentos de manuseio higiênico dos alimentos. Existem vários tipos de intoxicação alimentar, havendo três que são muito freqüentes: Campylobacter, Listeria e Salmonella. Campylobacteriose Os sintomas de infecção por Campylobacter incluem dor abdominal aguda, diarréia (que pode ser aquosa ou conter sangue), náusea, dor de cabeça, dor muscular e febre. Os sintomas podem começar a surgir entre 2 a 5 dias após o consumo do alimento contaminado e geralmente duram de 7 a 10 dias. As bactérias do gênero Campylobacter são encontradas, em maior parte, nos alimentos crus ou frango mal cozido, leite cru e água não potável.
Listeriose
A doença causada pela Listeria é caracterizada por sintomas semelhantes à gripe, incluindo calafrios, febre e dor de cabeça, algumas vezes acompanhadas de náuseas e vômitos. Estes sintomas podem aparecer entre dois a 30 dias após a exposição. Os alimentos mais contaminados por Listeria são o leite e queijo cru, carne crua ou mal passada, carne de frango e peixe. Salmonelose A Salmonelose é a doença que pode desenvolver-se após a ingestão de alimentos contaminados com Salmonella. Caracteriza-se por também apresentar sintomas semelhantes à gripe, podendo ser seguida de náusea, vômitos, cólicas abdominais e diarréia. Os sintomas normalmente aparecem entre 6 a 48 horas após o consumo do alimento suspeito e podem durar até uma semana. Os alimentos mais associados à salmonelose incluem carne crua ou mal passada, carne de frango, peixe e ovos. Cuidados ao comprar alimentos É fundamental estabelecer o hábito de confirmar os prazos de validade e ler os rótulos dos alimentos, de forma a selecioná-los com menor risco de intoxicação alimentar. Por exemplo, é importante verificar se o leite ou queijo adquirido são produtos pasteurizados e se têm inspeção oficial. Um bom hábito é colocar os pacotes de carne, frango ou peixe dentro de embalagens plásticas, de forma a evitar que possam pingar nos outros alimentos dentro do carrinho do supermercado, evitando assim a contaminação cruzada entre estes alimentos. A venda de produtos com embalagens danificadas ou a exposição inadequada dos alimentos ao consumo (como por exemplo vender camarões cozidos próximo de gelo ou peixes crus), trabalhadores atuando com pobres condições de higiene e condições que dificultem a limpeza são situações que podem aumentar o risco de intoxicação alimentar. Nestes casos, o consumidor deve evitar adquirir o produto, bem como notificar as autoridades de fiscalização.
Após a compra, os alimentos refrigerados ou congelados devem ser guardados o mais rapidamente possível. Deve-se evitar mantê-los dentro de carros quentes ou escritórios, ou mesmo ficar “passeando” pelo supermercado com estes produtos no carrinho, para diminuir o risco de multiplicação dos microorganismos. Em casa A maioria dos casos de intoxicação alimentar são causados por manuseio impróprio dentro das nossas próprias casas. Manter prateleiras, bancadas, arcas congeladoras, geladeiras, utensílios, esponjas e toalhas limpas são as melhores maneiras de evitar a contaminação dos alimentos em casa. É especialmente importante lavar todos os utensílios e as mãos com sabão e água após manusear um alimento e antes de manusear outro alimento. Desta forma, evitaremos a contaminação cruzada dos alimentos, como por exemplo a transferência de bactérias de carne crua para outros alimentos, tais como saladas ou vegetais. Pela mesma razão, tábuas de cortar de madeira não devem ser utilizadas para cortar carne crua, frango ou peixe. Tábuas de plástico são mais apropriadas, pois são mais fáceis de serem lavadas e higienizadas. Fruta e vegetais frescos devem ser lavados em água corrente e guardados na geladeira a temperatura abaixo de 10 graus, para evitar a sua deterioração. Ao arrumar os ovos no frigorífico não deite fora a embalagem, caso contrário deixa de saber qual o seu prazo de validade. Se tiver dúvidas quanto à procedência dos ovos que habitualmente consome poderá optar por usar ovos pasteurizados no lugar de ovos comuns. A cocção apropriada dos alimentos é outro importante fator contra a intoxicação alimentar, pois o calor elimina as bactérias. O ideal seria utilizar um termômetro para verificar se o alimento alcançou 75 graus centígrados no seu interior. Alimentando-se fora de casa Se quando comemos em casa é importante termos cuidado com a higiene dos alimentos e utensílios que manipulamos, então esse cuidado deve ser ainda maior quando jantamos ou almoçamos fora de casa. É imperioso verificar as condições de higiene do estabelecimento, incluindo a aparência e postura dos funcionários. Por uma questão de precaução opte por alimentos bem passados ou bem cozidos. O peixe deve estar solto, em pedaços e não mole, quando cortado. Saladas ou outros alimentos devem ser evitados se tiver dúvidas quanto ao modo de serem lavados. Tenha cuidado com o consumo de peixe cru fora de casa. Mariscos crus, assim como carne crua de vaca ou frango podem estar contaminadas com bactérias patogênicas. Apesar de constituírem verdadeiras delícias para os apreciadores, ostras, sushi e sashimi são pratos que só devem ser consumidos se o restaurante for da sua confiança. Farma Saúde
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