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Como evitar que nossas crianças se tornem adultos obesos

A obesidade infantil é um sério problema de saúde pública, que vem aumentando em todas as

 

 

OBESIDADE INFANTIL A obesidade infantil é um sério problema de saúde pública, que vem aumentando em todas as camadas sociais da população brasileira consideravelmente nestas últimas décadas. O excesso de peso pode provocar o surgimento de vários problemas de saúde como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, a má formação óssea, assim como outros, e uma criança obesa tem mais chances de se tornar um adulto obeso. A vida sedentária facilitada pelos avanços tecnológicos (computadores, televisão, videogames, etc.), faz com que as crianças não precisem se esforçar fisicamente a nada, levando-as a passarem horas paradas em frente a uma TV ou outro equipamento eletrônico e quase sempre com um pacote de biscoito ou um sanduíche regados a refrigerantes.

 

Isto é um fator preocupante para o desenvolvimento da obesidade. Mas também existem outros fatores que levam a obesidade como: fatores genéticos, fatores hormonais, depressão, ansiedade, falta de atividade física, desmame precoce e introdução de alimentos inadequados, emprego de fórmulas lácteas inadequadamente preparadas, distúrbios do comportamento alimentar e relação familiar conturbada. Os pais devem dar o exemplo aos seus filhos, pois, eles determinam inconscientemente o fracasso dos filhos, se apenas existem guloseimas, salgados, sanduíches e outros, ao invés de alimentos saudáveis como frutas, verduras, vegetais e legumes. O consumo diário pode provocar a obesidade por que o organismo não tem capacidade de metabolizar, ou seja, “queimar” o excesso, de açúcar e gordura que acaba se acumulando. E essas doses extras de doce no sangue também diminui a força do organismo de se proteger de outras doenças. É durante a infância que aprendemos a ler, a escrever, temos que estudar, gostamos de correr, pular, etc. O corpo e a mente têm que se desenvolver para conseguir realizar essas mudanças e isso se dá através da alimentação. Uma boa alimentação na infância ajuda ter e a manter um peso saudável. É nessa época que são formados os hábitos alimentares, ou seja, quando “aprendemos” a gostar ou não de certos alimentos, quando criamos o costume de comê-los, etc. Portanto, ensinar as crianças a provar diferentes tipos de alimentos e adquirir bons hábitos para garantir saúde que será útil para a vida toda. O tratamento para a obesidade infantil baseia-se na modificação da alimentação, que deve se estender a toda família, modificações do estilo de vida e do hábito alimentar da criança e do adolescente que já estão previamente estabelecidos, sendo necessário, período longo para sensibilização e mudanças comportamentais, é mais fácil a criança seguir as recomendações se tiver o exemplo do adulto, e o aumento do gasto energético com a inclusão gradual de atividades físicas. Orientar a criança para uma reeducação alimentar e não para uma dieta de restrições é fundamental para a aderência do paciente ao tratamento.

DICAS PARA EVITAR A OBESIDADE INFANTIL As crianças costumam também a imitar os pais em tudo que eles fazem, assim sendo se os pais tem hábitos alimentares errados, acaba induzindo seus filhos a se alimentarem do mesmo jeito. Então ao invés de trazer em suas compras alimentos calóricos e gordurosos, como salgados, refrigerantes, balas, adquirir o hábito de comprar alimentos como frutas frescas, queijo magro, vegetais, alimentos com poucas calorias para poder proporcionar uma alimentação saudável não só para as crianças mas para toda família. É necessário que os pais e a escola atuem na educação nutricional das crianças desde cedo para que os conhecimentos sobre alimentação saudável estejam realmente incorporados e não sejam colocados em questão na época da adolescência. A escola deve fornecer as informações necessárias sobre alimentação, seja através de aulas formais, palestras, vídeos e materiais educativos, pesquisas, consultas, conversas e discussões em sala de aula, como também, a importância da Educação Física escolar deve ser reorientada de modo a proporcionar as crianças e adolescentes, meios de poderem tornar-se autónomos na prática de atividade física, que preten¬dam melhorar a sua aptidão física, que seja para perder peso, ou ainda para prevenirem diversas doenças.

Com isso, a escola deve ter espaço para a atividade física e apostar, nesse âmbito, na formação dos seus alunos. Como em qualquer outra época da vida, não se trata de proibir o consumo de certos alimentos, apenas de orientar a escolha dos mesmos. Ir à lanchonete com os amigos e saborear um sorvete num dia quente de verão são prazeres que podem ser desfrutados independente da idade, basta saber conduzir necessidades e vontades. Sabemos que dietas são meios dificíeis de aceitarem por longo prazo, elas são soluções a curto prazo então mude o hábito alimentar. O objetivo é aprender a comer hoje, para poder comer adequadamente o resto de sua vida. Gaste algumas semanas para aprender o que é uma alimentação saudável e, então, você não estará de dieta. . Incentivar o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida; . Respeitar os horários das refeições e não beliscar guloseimas entre um intervalo e outro; . Seguir uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes e verduras; . Evitar alimentos gordurosos, como doces, frituras e refrigerantes; . Praticar atividades físicas, sejam esportes no colégio ou academia, desde que seja orientado por um profissional; . Caminhar é a melhor pedida, pois qualquer pessoa pode, brincar no parque, passear na praça, jogar bola, pedalar, são alguns exemplos de como as crianças podem gastar energia; . Cuidado com os lanches, evitar biscoito recheado, salgadinhos, produtos industrializados. Exemplos de lanches saudáveis: – Salada de frutas e iogurte natural – Pão de queijo médio, pêra e refresco de uva – Sanduíche de queijo com presunto e leite com achocolatado – Sanduíche de atum (pão de forma) e refresco de caju – Sanduíche de queijo com presunto e iogurte de frutas 1 fatia média de bolo de chocolate (sem cobertura), refresco de uva e uma maça – Sanduíche de requeijão (pão médio) e suco de abacaxi com laranja – Suco de laranja e 1 fatia de bolo de aveia – Uma goiaba média, duas fatias de pão de milho, 1 fatia de queijo e refresco de limão – Duas broas de milho, refresco de caju e cacho de uva rubi Considerando todos esses aspectos isto pode e deve ser mudado. Uma alimentação saudável, equilibrada, rica em proteínas, vitaminas, sais minerais e nunca se esquecer de uma boa dose de carinho, afeto, amor e compreensão. É importante oferecer para a criança alimentação rica em grãos (arroz, feijão, milho), frutas, verduras e raízes como mandioca e batata. Um prato colorido é um prato saudável, pois possui diferentes nutrientes. A criança obesa de hoje é a mesma criança de anos atrás: apenas uma criança que precisa ser alertada, educada e instruída sobre as dificuldades e transtornos que implicam em estar com o peso acima do ideal. Uma boa alimentação na infância ajuda ter e a manter um peso saudável e uma vida melhor. Michele Oliveira de Lima Nutricionista/CRN: 5405 Especialista em Obesidade e Emagrecimento michelelima.nutricionista@hotmail.com

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