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Quando e como tirar o bebê das fraldas

O treinamento feito antes da hora pode trazer conseqüências muito desagradáveis para a

 

Sair das fraldas, controlando a emissão de urina e fezes, é conseguir aquilo que chamamos na medicina de “controle de esfíncteres”. Ou seja, controle voluntário das “torneirinhas” naturais de nosso corpo. Ao nascer o bebê não possui nenhum controle sobre os esfíncteres. Ele urina e evacua involuntariamente e o controle voluntário somente virá com o tempo. Aí vem a pergunta : E com que idade a criança adquire esse controle? Bem, como todos os aspectos relacionados ao amadurecimento neurológico, existe uma grande variação individual. A criança vai progressivamente adquirindo capacidades e habilidades, através de um fenômeno próprio dos organismos jovens, chamado de desenvolvimento neuro-psicomotor. Embora existam etapas bem definidas nesse processo, as diferenças são grandes e varia muito de uma criança para outra. A pergunta freqüente dos pais é: “Quando e como devo começar a treinar meu filho para tirar as fraldas?” De modo geral, o controle esfincteriano se inicia por volta de 18 meses de idade. Para saber a hora certa, a dica é esperar que a criança comece a avisar ou indicar de alguma forma, que evacuou. Não é preciso ter pressa! O treinamento feito antes da hora pode trazer conseqüências muito desagradáveis para a criança e seu desenvolvimento. Também é muito importante que este treinamento seja feito de forma natural, sem ansiedade, mantendo um ambiente tranqüilo e um relacionamento amoroso com a criança. O treinamento para controle das fezes Quando a criança já avisa que evacuou, então é hora de começar, primeiramente com o treinamento para controle das fezes. O ideal é usar um piniquinho ou então o vaso sanitário, mas com tampa apropriada para crianças. Após as refeições um reflexo ( reflexo gastro-cólico ) produz uma tendência natural para evacuar. Deve-se aproveitar e colocar a criança no piniquinho (ou vaso) umas 3 vezes por dia, cerca de 20 minutos após as principais refeições. Se já houver um horário em que a criança evacua com mais freqüência, devemos aproveitar esse horário. Deve-se deixá-la no banheiro por no máximo uns 10 a 15 minutos e durante esse período ela deve receber nossa atenção e estímulo para evacuar, explicando a ela o que se deseja e pedindo-lhe ocasionalmente que faça força. Pode-se fazer um pouco de massagem no abdômen. Vale conversar e contar historinha. Se nos primeiros dias ela não conseguir, não desanime, pois o controle virá com o tempo. É importante saber que a primeira habilidade que a criança adquire neste treinamento é a de “segurar” a torneirinha fechada e só depois ela aprende a abri-la voluntariamente. Isto significa que no princípio a criança poderá evacuar logo após ser retirada do banheiro, pois estava voluntariamente (e as vezes até com algum esforço) segurando as fezes. Assim que sai, ela relaxa e evacua. Nesta hora a criança pensa que vai ser elogiada, por ter controlado o esfíncter fechado por alguns minutos, mas acaba levando uma bronca, e fica sem entender nada. O melhor nesta hora é limpá-la sem comentar nada. Lembre-se sempre de elogiar os seus sucessos, mesmo que tenha sido apenas o de conseguir ficar sentada por alguns minutos. Quando ela conseguir finalmente evacuar, deve-se manter o horário e a rotina diariamente, para que o hábito seja fixado. O treinamento para controle da urina Este treinamento só deve ser iniciado quando a criança já estiver evacuando normalmente no banheiro. Deve-se começar pelo período diurno, colocando-se a criança no banheiro para tentar urinar, a cada 3 horas aproximadamente. Sempre explicando o que se deseja e até imitando o barulho do xixi. Devemos sempre, elogiar os sucessos e ignorar, sem comentar, os “fracassos”. O controle urinário diurno geralmente se consegue até os 2 anos e meio ou 3 anos, mas o noturno pode demorar até os 5 ou 6 anos de idade. Quando estes prazos (aproximados) são ultrapassados, dizemos que a criança está com enurese ( ato de urinar involuntariamente ), o que requer avaliação especial e eventualmente tratamento. Dr. Edson Correia da Silva Pediatra – Londrina – PR E-mail: dredson@onda.com.br

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